Ingresso de indígenas em faculdades é nove vezes maior do que em 2010
- 20/04/2019
“É uma
grande chance para mim, que queria desde os 16 anos, mas não consegui. Terminei
o ensino médio com 18 anos, mas meu pai não podia, na época, bancar os meus
estudos. A parte financeira é o grande problema. Tenho primos que começaram a
estudar e tiveram que trancar a matrícula pelo custo”, diz.
Com uma
bolsa de 50% na Faculdade Zacarias de Goés, em Valença (BA), a estudante
conseguiu começar a estudar e resolveu se mudar para a nova cidade com o marido
e a filha de 8 anos.
“Eu tenho consciência que o mercado não está fácil agora para engenharia e construção, mas acredito que vai melhorar. Entrei na faculdade com foco em construções sustentáveis. Quero levar isso para minha região, para perto da minha família, para poder ajudar de alguma forma”, explica.
Maritana
é uma dos 56,7 mil indígenas matriculados no ensino superior do país, número
que representa 0,68% do total de 8,3 milhões de estudantes matriculados nessa
etapa, de acordo com o último Censo da Educação Superior do Instituto Nacional
de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), de 2017. Assim como
Maritana, a maioria dos indígenas (42,8 mil) está matriculada em instituições
particulares de ensino superior.
Agencia
Brasil
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