Corpo técnico destaca Oeste com potencial superior em pó de rocha utilizado na agricultura

  • 05/04/2018

Um trabalho que está sendo desenvolvido na região Oeste do Paraná faz referência à melhoria de produtividade e sanidade nas lavouras a partir da utilização do pó de rocha em combinação com microrganismos. Os resultados são muito satisfatórios, conforme o engenheiro agrônomo Daniel Mol, e podem ser observados a partir do primeiro ano de aplicação, com eficácia gradativa.

Recentemente oficinas sobre a prática alternativa foram executadas em Pato Bragado e Entre Rios do Oeste, ministradas pelos engenheiros agrônomos Daniel Mol e José Augusto Kolling, juntamente com a técnica agropecuária Cristiani Cavilhao, por intermédio da Cooperativa de Trabalho e Assistência Técnica do Paraná (Biolabore). A atividade recebe apoio da Itaipu Binacional, por intermédio do Programa de Desenvolvimento Rural Sustentável, e da Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário, do Governo Federal.

Este tipo de iniciativa visa a recuperação do solo frente à utilização habitual de agrotóxicos e práticas de degradação, como a monocultura ou exploração comercial acentuada. Daniel Mol referenda que a agricultura passa por uma crise, principalmente pelo alto custo de produção em função da necessidade da aplicação de corretivos, adubos e agrotóxicos de forma desenfreada.

Alternativa

O que está sendo trabalhado como alternativa é uma agricultura mais conservacionista, de acordo com Cristiani Cavilhão. O objetivo é melhorar a estrutura do solo e executar um sistema de fertilidade que não conte somente com a função química, mas sim , melhore a vida do solo, com a dinâmica de população de organismos e microrganismos em equilíbrio.

Basalto

No oeste do Paraná há um pó de rocha de extrema qualidade para a fertilidade, caso do pó de basalto, material rico em cálcio, magnésio e silício. A reação do alumínio com o silício, conforme os engenheiros agrônomos, libera o fósforo que é absorvido pela planta.

Segundo Daniel Mol, propriedades de médio a grande porte, até 5 mil hectares, já utilizam o pó de rocha como produto de recuperação de solo.

Em combinação com outros produtos biológicos, com a presença de microrganismos são transformados os nutrientes que estão presentes no pó de rocha, de acordo com José Kolling. Plantas, minerais e microrganismos formam uma trilogia de desenvolvimento muito positivo, o que pode ser observado já a partir do primeiro ano, de acordo com Daniel Mol.

Custo de produção

Na sequência há a observação de diminuição considerável no custo de produção. O agrônomo explica que, o custo, de uma forma geral, comparado com o convencional é de 20 a 60% menor, tanto em pequenas, quanto em grandes propriedades. 

Ficou sabendo de algo? Envie sua notícia no WhatsApp Xeretando (45)99824-7874

0 Comentários



Deixe seu comentário

* Seu comentário passará por uma avaliação antes de ser postado no site.
* Para que seja vinculada uma imagem sua no comentário é necessário cadastro no GRAVATAR