Fuzileiros Navais embarcam para exercício militar com marinhas de países da OTAN
- 21/05/2025
Pelotão de Fuzileiros Navais da Marinha do Brasil
participará, pela primeira vez na história, do Exercício Catamaran uma operação
multinacional conduzida por países membros da OTAN
Pela primeira vez na
história um pelotão de Fuzileiros Navais da Marinha do Brasil (MB) participará
do Exercício Catamaran, uma operação multinacional chefiada pela França e
conduzida por países membros da OTAN. O embarque do pelotão ocorreu nesta
terça-feira (20/5). De forma inédita, o Brasil estará presente nesse
treinamento no Atlântico Norte, que se estende até 18 de junho, ao lado de
países como Alemanha, Estados Unidos, Reino Unido, Itália, Holanda e Espanha. O
convite para a operação partiu da França, país com o qual o Brasil ostenta uma
parceria estratégica desde 2008, quando começou o Programa de Desenvolvimento
de Submarinos (PROSUB).
Segundo o Capitão de Corveta (Fuzileiro Naval) Alves
Campos, que irá atuar no Estado-Maior da Força de Desembarque e está na França
desde ontem (19), a inserção da Marinha do Brasil em ambientes desafiadores é
sempre um marco. “Operar junto com marinhas de primeiro mundo e poder trabalhar
nesses ambientes diferenciados é sempre uma ótima oportunidade para o preparo
dos nossos militares. Eu participei do exercício de planejamento naval, no qual
planejamos essa missão. Por isso, vim e embarquei antes do restante do
pelotão”, explica.
Conforme o Comandante do Pelotão, Segundo-Tenente
(Fuzileiro Naval) Vinícius Saldanha, dos 13 militares que irão para operação,
três são Oficiais — dois que irão integrar o Estado-Maior (um o do Batalhão e o
outro, o da Força de Desembarque, que já está em solo francês), além dele mesmo
— e 10 Praças.
“Todos os militares que compõem o pelotão foram
selecionados por mérito dentro de suas companhias, em condições de igualdade,
sem distinção de sexo. A militar do sexo feminino irá para a missão por ter se
destacado na sua companhia enquanto militar. Nós não separamos nenhum tipo de
cota para a missão, foram escolhidos realmente os melhores”, explicou.
O pelotão vem se
preparando desde o final de março, tendo recebido todas as instruções em
conjunto, a fim de criar uma maior proximidade e coesão entre os militares, o
que inclui treinamentos e palestras. “Eles receberam preparo tanto na parte
física, quanto na parte cultural, psicossocial e intelectual, a fim de que
estejam preparados para entender como funciona um país diferente e estarem
aptos a lidar com as mais diversas culturas. É muito bom trabalhar com
militares tão preparados, que demonstram um grau elevado de capacidade
operativa, sendo pessoas extremamente focadas, dedicadas e prontas para tudo”,
disse.
Vale ressaltar que a
participação do destacamento brasileiro foi precedida por um período de
planejamento conjunto com as nações participantes, marcado por intensa troca de
conhecimentos e experiências. O envolvimento no exercício naval, etapa
preparatória da Operação Catamaran realizada na França, foi fundamental para
alinhar procedimentos, fortalecer a interoperabilidade e consolidar a
integração do Corpo de Fuzileiros Navais (CFN) da Marinha do Brasil com as
demais forças envolvidas.
Mais do que um exercício,
a participação na Operação Catamaran simboliza a inserção estratégica do Brasil
em ambientes operacionais cada vez mais desafiadores. Para o CFN, trata-se de um
marco que reforça seu papel como força de pronto emprego, de caráter
expedicionário, capaz de projetar poder e operar integrado a forças
multinacionais em cenários de alta complexidade.
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