Com 224 casos de dengue, Paraná usa inseticida para combater mosquito
- 10/02/2019
A Secretaria de Estado da Saúde
começa nesta semana a aplicação de inseticida com 10 carros de fumacê em
bairros do município de Londrina, para reduzir a infestação do mosquito Aedes
egypti. O mesmo processo está em andamento nos municípios de Santa Isabel do
Oeste, Capanema e Antonina. Segundo boletim divulgado nesta semana pela Sesa, o
Paraná já soma 224 casos de dengue confirmados desde setembro do ano passado.
Profissionais da Secretaria
alertam que os melhores resultados só serão obtidos com o engajamento total da
população. “De nada adianta aplicar o fumacê para eliminar os mosquitos se
existem criadouros em centenas de propriedades particulares”, afirma a médica
veterinária Ivana Belmonte, do Centro de Vigilância Ambiental em Saúde.
O secretário de Saúde de
Londrina, Felippe Machado, também alerta para a necessidade de apoio dos
moradores para tornar mais efetivo o trabalho que a prefeitura vem fazendo.
Ele informa que já foi feito 70%
do bloqueio em 25 mil imóveis e, a partir desta segunda-feira (11), o trabalho
começa em mais 27 mil imóveis da zona Sul, onde ocorreram os 39 dos 44 casos
confirmados da doença no município. “Mas tudo depende da participação da
população”, afirma.
O número de casos em Londrina já
supera os apresentados durante todo o ano de 2018, quando foram confirmados 43
casos. Com o agravante, de acordo com o secretário municipal, que agora estão
em circulação dois tipos de vírus (Den1 e Den2), aumentando os riscos de
complicações decorrentes da doença.
Segundo a Secretaria Municipal da
Saúde, a maioria dos criadouros está dentro dos quintais. Por isso também
intensificou ações de combate, como parceria com a Secretaria da Educação, para
que os alunos sejam sensibilizados e ampliem o alcance das informações para pais
e familiares.
“A Secretaria de Estado da Saúde
está trabalhando em parceria com todos os municípios”, diz Ivana Belmonte,
tanto na disponibilização de insumos para o combate ao mosquito transmissor
como na capacitação dos agentes responsáveis por esse combate. E na orientação
da população sobre seu papel para eliminar os focos da doença.
Criadouros
Os criadouros estão em qualquer
acúmulo de água parada, por menor que seja; até em tampinhas de garrafa ou
pequenos amontoados de folhas secas. Mas são encontrados com maior frequência
em lixo, como resíduos plásticos, espalhados pelas ruas. É preciso atuar
ativamente mantendo quintais limpos, sem acúmulo de lixo, pneus, garrafas, por
exemplo; calhas, marquises e ralos.
Os pratos das plantas podem ser
completados com areia grossa até as bordas ou ser lavados com água, bucha e
sabão todas as semanas, para eliminar ovos do mosquito. Locais de armazenamento
de água devem ser mantidos com tampas.
Bem Paraná
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