Caixa paga Bolsa Família a beneficiários com NIS de final 3
- 22/01/2025
A Caixa Econômica Federal paga nesta quarta-feira (22) a
parcela de janeiro do novo Bolsa Família aos beneficiários com Número de Inscrição
Social (NIS) de final 3.
O valor mínimo corresponde a R$ 600, mas com o novo
adicional o valor médio do benefício sobe para R$ 673,62. Segundo o Ministério
do Desenvolvimento e Assistência Social, neste mês o programa de transferência
de renda do Governo Federal alcançará 20,48 milhões de famílias, com gasto de
R$ 13,8 bilhões.
Além do benefício mínimo, há o pagamento de três adicionais.
O Benefício Variável Familiar Nutriz paga seis parcelas de R$ 50 a mães de
bebês de até seis meses de idade, para garantir a alimentação da criança. O
Bolsa Família também paga um acréscimo de R$ 50 a famílias com gestantes e
filhos de 7 a 18 anos e outro, de R$ 150, a famílias com crianças de até 6
anos.
No modelo tradicional do Bolsa Família, o pagamento ocorre
nos últimos dez dias úteis de cada mês. O beneficiário poderá consultar
informações sobre as datas de pagamento, o valor do benefício e a composição
das parcelas no aplicativo Caixa Tem, usado para acompanhar as contas poupança
digitais do banco.
Moradores do Rio Grande do Sul, afetados pelas enchentes do
ano passado, e de mais cinco estados (Amazonas, Piauí, Rondônia, São Paulo e
Sergipe) receberam o pagamento do Bolsa Família de forma unificada no último
dia 20, independentemente do número do NIS. O pagamento unificado beneficiou
todos os 62 municípios do Amazonas e todos os 52 de Rondônia, afetados pela
estiagem e pela vazante dos rios; dez municípios de Sergipe e o município de
Picos (PI), afetados por fortes chuvas; e 30 municípios de São Paulo em estado
de emergência por causa do aumento dos casos de dengue e das chuvas.
Desde o ano passado, os beneficiários do Bolsa Família não
têm mais o desconto do Seguro Defeso. A mudança foi estabelecida pela Lei
14.601/2023, que resgatou o Programa Bolsa Família (PBF). O Seguro Defeso é
pago a pessoas que sobrevivem exclusivamente da pesca artesanal e que não podem
exercer a atividade durante o período da piracema (reprodução dos peixes).
Regra de proteção
Cerca de 2,5 milhões de famílias estão na regra de proteção
em janeiro. Em vigor desde junho de 2023, essa regra permite que famílias cujos
membros consigam emprego e melhorem a renda recebam 50% do benefício a que
teriam direito por até dois anos, desde que cada integrante receba o
equivalente a até meio salário mínimo. Para essas famílias, o benefício médio
ficou em R$ 386,66.
Cadastro
Desde julho de 2023, passa a valer a integração dos dados do
Bolsa Família com o Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS). Com base
no cruzamento de informações, cerca de 440 mil de famílias foram canceladas do
programa neste mês por terem renda acima das regras estabelecidas pelo Bolsa
Família. O CNIS conta com mais de 80 bilhões de registros administrativos
referentes a renda, vínculos de emprego formal e benefícios previdenciários e
assistenciais pagos pelo INSS.
Em compensação, outras 110 mil de famílias foram incluídas
no programa em dezembro. A inclusão foi possível por causa da política de busca
ativa, baseada na reestruturação do Sistema Único de Assistência Social (Suas)
e que se concentra nas pessoas mais vulneráveis que têm direito ao complemento
de renda, mas não recebem o benefício.
Auxílio Gás
Neste mês não haverá o pagamento do Auxílio Gás, que
beneficia famílias cadastradas no CadÚnico. Como o benefício só é pago a cada
dois meses, o pagamento voltará em fevereiro.
Só pode receber o Auxílio Gás quem está incluído no CadÚnico
e tenha pelo menos um membro da família que receba o Benefício de Prestação
Continuada (BPC). A lei que criou o programa definiu que a mulher responsável
pela família terá preferência, assim como mulheres vítimas de violência
doméstica.
EBC | Foto: LYON SANTOS/ MDS
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