Produção de arroz cresce em 2024, mas estoques caem ao menor nível em seis anos
- 02/01/2025
Segundo dados divugados nesta quinta-feira (2) pelo Centro
de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), o mercado de arroz vivenciou
um ano de intensas oscilações e desafios em 2024 no Brasil . No primeiro
trimestre, os preços sofreram forte queda, impulsionados pela expectativa de
aumento na oferta. Contudo, uma catástrofe climática no Rio Grande do Sul, em
abril, trouxe incertezas sobre a colheita remanescente e possíveis perdas em
estoques armazenados, provocando alta imediata nas cotações.
A situação se agravou com os anúncios de leilões públicos
para importação de arroz beneficiado, o que elevou a volatilidade no setor. Os
preços mantiveram-se firmes até novembro, mas voltaram a ceder no encerramento
do ano, segundo levantamentos do Cepea.
Na safra 2023/24, o Brasil cultivou 1,61 milhão de hectares
com arroz, registrando crescimento de 8,6% em relação à temporada anterior. No
entanto, a produtividade média caiu 2,8%, ficando em 6,59 toneladas por
hectare. Mesmo assim, a produção totalizou 10,59 milhões de toneladas, um
aumento de 5,52%, conforme dados da Conab.
Com os estoques iniciais de 2,02 milhões de toneladas em
fevereiro de 2024 e importações estimadas em 1,7 milhão de toneladas, a oferta
interna atingiu 14,3 milhões de toneladas. Desse montante, a previsão é que 11
milhões sejam destinadas ao consumo interno e 1,3 milhão de toneladas sejam
exportadas. Assim, os estoques finais estão projetados em 2 milhões de toneladas
para fevereiro de 2025, representando uma relação estoque/consumo de 18,2%, a
menor desde 2018/19, apontou o Cepea.
AgroLink | Foto: USDA
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