Cosud: Ratinho Junior defende integração na segurança e penas mais duras ao crime organizado
- 22/11/2024
O governador Carlos Massa Ratinho Junior participou nesta
quinta-feira (21), em Florianópolis, da abertura do 12° encontro do Consórcio
de Integração Sul e Sudeste (Cosud), que reúne os governadores, secretários e
equipe técnica dos sete estados das duas regiões. Atual presidente do Cosud,
Ratinho Junior defendeu que os estados fortaleçam o trabalho já realizado de
integração das polícias e secretarias de Segurança Pública e também o pleito de
um endurecimento da lei penal para combater o crime organizado.
O encontro acontece até o sábado (23) e conta com a presença
dos governadores de Santa Catarina, Jorginho Mello; Espírito Santo, Renato
Casagrande; Minas Gerais, Romeu Zema; Rio de Janeiro, Cláudio Castro; o
governador em exercício do Rio Grande do Sul, Gabriel de Souza; e o chefe da
Casa Civil de São Paulo, Arthur Lima, representando o governador Tarcísio de
Freitas.
A segurança pública será um dos principais temas tratados
nesta edição, com a assinatura de uma carta conjunta dos governos e Ministérios
Públicos dos sete estados para fortalecer o combate ao crime organizado,
através dos respectivos Grupos de Atuação Especial de Repressão ao Crime
Organizado (Gaeco) e das secretarias estaduais de Segurança Pública.
“Segurança é sempre um tema recorrente em todos os encontros
do Cosud, porque já existe uma integração entre os secretários de Segurança
Pública dos nossos estados”, disse o governador. “Estamos avançando na troca de
informações e na integração da inteligência das secretarias e das nossas
polícias, é um tema que estamos avançando”.
A sugestão do consórcio, salientou o governador, é haver uma
mudança na lei penal para aumentar as penas a crimes pesados. “Entregamos no
Congresso Nacional, aos presidentes da Câmara, Arthur Lira, e do Senado,
Rodrigo Pacheco, uma sugestão de modernização do Código Penal. Enquanto houver
impunidade para crimes mais severos e também na questão do crime organizado,
isso incentiva o criminoso. Temos que endurecer as leis”, afirmou.
“Os estados têm diminuído a criminalidade, as polícias
prendem bandidos todos os dias. O que muitas vezes acontece é que eles são
presos e soltos sucessivamente, então o erro, na nossa visão, é a fraqueza na
punição, que acaba incentivando a criminalidade”, ressaltou Ratinho Junior.
INTEGRAÇÃO – Na abertura do encontro, os governadores
destacaram o trabalho que vem sendo desenvolvido pelo consórcio para aumentar o
protagonismo das duas regiões nas discussões federativas. Juntos, Sul e Sudeste
têm aproximadamente 114 milhões de habitantes, o que representa 56% da
população brasileira, e concentram 70% do Produto Interno Bruto Nacional (PIB).
Um exemplo foi o que ocorreu nas discussões sobre a Reforma
Tributária, em que o Cosud reuniu suas respectivas bancadas federais para
pressionar por um tratamento mais igualitário aos sete estados.
“A integração entre os estados nos dá legitimidade e força
para trabalhar em conjunto para resolver nossas demandas regionais, melhorar a
vida da população e para sermos indutores das reformas que podem transformar o
País”, afirmou Jorginho Mello.
“Os estados passaram a ter um nível de protagonismo que deu
capacidade de influenciar nas políticas públicas, a exemplo do trabalho feito
pelos governos estaduais durante a pandemia e também em áreas como
infraestrutura e segurança pública”, destacou Renato Casagrande. “E o País só
vai conseguir avançar em uma política de desenvolvimento regional quando tiver
capacidade de fazer o que estamos fazendo nos nossos estados”.
O governador de Minas Gerais também citou a necessidade de
um combate mais duro ao crime organizado. “O Cosud veio para somar nas decisões
nacionais, colocando na balança o peso que nossos estados têm. E uma das pautas
em que precisamos avançar é a questão da segurança pública, com mais união e
ação para combater o crime organizado, que só cresce”, salientou Zema.
Outro tema que deve estar na agenda dos governadores é a
renegociação das dívidas dos estados. "Se olhar na carta assinada pelo
G20, um dos itens diz respeito a um olhar diferenciado aos países muito
endividados. O que queremos é que esse olhar também seja direcionado aos
governos estaduais. Se tivermos os mesmos indexadores de juros que querem rever
para alguns países, poderíamos zerar a dívida dos estados”, disse Cláudio
Castro.
AEN | Foto: Roberto Dziura Jr/AEN
Ficou sabendo de algo? Envie sua notícia no WhatsApp Xeretando (45)99824-7874
0 Comentários