Humanização no tratamento de câncer é tema de debate na Itaipu
- 21/10/2024
“Tratar a pessoa e não a doença”. Esse foi o tom de um
painel que reuniu médicos especialistas no tratamento oncológico, dentro da
programação do Outubro Rosa e do Novembro Azul, da Itaipu Binacional. O
objetivo foi trazer diferentes perspectivas sobre o acompanhamento integral e
humanizado a pacientes em tratamento de câncer.
O evento aconteceu na noite de quinta-feira (17), no Centro
de Recepção dos Visitantes (CRV) da Itaipu, e foi direcionado a empregados(as)
da Itaipu e das fundações, a praticantes do Dragon Boat – projeto social
apoiado por Itaipu junto ao Instituto Meninos do Lago, e comunidade em geral.
A promoção é do Comitê de Gênero, Raça, Diversidade e
Inclusão da Itaipu em parceria com a Assessoria de Responsabilidade Social, o
Programa Reviver e o RH da Binacional. O Outubro Rosa marca o mês de
conscientização sobre o câncer de mama e o Novembro Azul prevê o combate ao
câncer de próstata.
Participaram do painel o médico especializado em mastologia
Dr. Pedro Franco, a fisioterapeuta especializada em oncologia Dra. Michele
Delazari e a nutricionista clínica e oncológica Dra. Luciana Abreu Teixeira.
A mediação foi da gerente da Divisão de Iniciativas de
Responsabilidade Social da Itaipu, a jornalista Luciany Franco, estudante de
psico-oncologia e gestora do projeto que engloba a equipe de remadoras do
Dragon Boat. O diretor jurídico da Itaipu, Luiz Fernando Delazari, prestigiou o
encontro.
Para a coordenadora do Comitê de Gênero, Raça, Diversidade e
Inclusão da Itaipu, Jéssica Maris da Rocha Maciel, o evento representa a
democratização do conhecimento para a sociedade, como ação de responsabilidade
social de Itaipu em sua área de influência. “Este painel significa uma vivência
prática da missão da Itaipu”, resumiu.
O diretor-superintendente da Fundação Itaiguapy, responsável
pela gestão do Hospital Ministro Costa Cavalcanti, Gilmar de Oliveira, acredita
que mais do que investimento em equipamentos, o importante é que o hospital
tenha profissionais preparados. “Podemos adquirir conhecimento e saber como
cada um de nós, profissionais ou não da área da saúde, podemos contribuir com a
assistência aos pacientes oncológicos”, afirmou.
Tratamento humanizado
Os painelistas debateram sobre como o tratamento oncológico
não pode deixar de lado as pessoas, com suas singularidades e demandas. Para a
fisioterapeuta Michele Delazari, o tratamento humanizado não deve ser exceção,
porque “não estamos tratando uma doença, um sintoma, mas estamos tratando uma
pessoa”.
Ela entende que o tratamento não pode interromper a rotina
da mulher acometida pelo câncer de mama. “Essa mulher está numa fase produtiva,
tem trabalho, filhos. Ela não vai parar a vida para fazer o tratamento, ele
precisa se adequar à rotina da mulher”, afirmou. A fisioterapia, segundo ela,
tem a função de amenizar os efeitos colaterais do tratamento para a mulher
poder continuar sua rotina.
Em relação à nutrição, é necessário “ensinar à mulher se
autoconhecer”, defende Lúcia Abreu. “O acolhimento nutricional vai ajudar nesse
conhecimento. Qual é o estilo de vida? O que ela precisa? Cada mulher é
diferente, as vezes ela é sozinha ou é provedora de uma casa. É preciso nutrir
o lar também”, considerou.
Para Pedro Franco, o desafio é passar uma mensagem de
esperança às pacientes, sendo honesto e otimista sobre o tratamento. “Quando
preciso dar uma notícia ruim, não precisa pintar um quadro de terror. Vai
existir um caminho e ele provavelmente não vai ser fácil, mas precisamos
transmitir uma mensagem de esperança para que ela consiga passar por aquele
processo de uma maneira mais tranquila.”
Os especialistas falaram sobre os fatores de risco para os
diversos tipos de câncer, incluindo a alimentação – “descasque mais e
desembrulhe menos”, resumiu Lúcia – e práticas saudáveis, como os exercícios
físicos – “pelo menos 150 minutos semanais de atividades físicas”, complementou
Michele.
“Acho que nós temos que ser intencionais em tudo que a gente
faz na vida, na alimentação, nos relacionamentos, nos exercícios, nas escolhas
do trabalho. A gente precisa ser intencional e reflexivo, porque senão a vida
vai te levando, e cada dia a vida te levou e você fez muitas coisas que você
não tinha intenção de fazer”, concluiu Pedro.
Assessoria | Foto: Sara Cheida / Itaipu Binacional
Ficou sabendo de algo? Envie sua notícia no WhatsApp Xeretando (45)99824-7874
0 Comentários