Novo boletim sobre Mpox da Secretaria da Saúde registra 21 casos da doença no Paraná
- 10/10/2024
A Secretaria da Saúde do Paraná (Sesa) publicou nesta
quarta-feira (9) o primeiro Boletim Mpox de 2024 com o perfil epidemiológico
dos casos confirmados no Estado. De acordo com o documento, atualmente existem
21 casos confirmados, sem registro de morte. Essas confirmações estão
distribuídas nos municípios de Curitiba, Londrina, Arapongas, Foz do Iguaçu,
Ivaiporã e Santo Antônio da Platina. Os dados são extraídos do Sistema de
Informação de Agravos de Notificação (Sinan), do Ministério da Saúde.
A publicação, disponível no site da Sesa, será semanal, com
informações sobre os casos de infecção, localidade, sintomas, meios de
transmissão da doença e prevenção. O informativo também traz dados demográficos
como faixa etária e sexo das pessoas infectadas. Em agosto de 2022 foi
publicado o primeiro boletim sobre a doença.
A Mpox é uma doença viral e a transmissão entre humanos
ocorre principalmente por meio de contato com lesões de pele de pessoas
infectadas ou objetos recentemente contaminados. Pode ser transmitida por
toque, beijo, relações sexuais ou por meio de objetos como lençóis e roupas
contaminadas.
“O boletim é mais uma ferramenta para atualizar os números
aos profissionais da saúde e à população em geral, servindo como uma importante
fonte de informação. A notificação da Mpox é considerada obrigatória e
imediata, a fim de manter vigilância e ações de enfrentamento à doença”, disse
Maria Goretti David Lopes, diretora de Atenção e Vigilância em Saúde da Sesa.
EMERGÊNCIA – Em agosto de 2024, a Organização Mundial da
Saúde (OMS) classificou a Mpox como uma Emergência de Saúde Pública devido ao
aumento expressivo de casos e mortes causadas por uma nova variante (1b) da
doença na África. Após o anúncio, a Sesa fez o alerta sobre as medidas de
prevenção e cuidados em relação à doença.
Em 2022 houve um pico de casos, chegando a mais de 10 mil
confirmações no Brasil. No Paraná foram contabilizados 296 casos em 2022 e 42
em 2023.
Desde março de 2023, chegaram ao Estado 3.192 doses da
vacina contra a doença, que tem como público-alvo, elencado pelo governo
federal, pessoas vivendo com HIV/aids (PVHA); homens cisgêneros (que se
identificam como homens), travestis e mulheres transexuais que tenham idade
igual ou superior a 18 anos, independente do status imunológico identificado
pela contagem de linfócitos T CD4.
Também integram o público-alvo profissionais que trabalham
diretamente com Orthopoxvírus em laboratórios com nível de biossegurança 2
(NB-2), na faixa etária de 18 a 49 anos, e indivíduos que tiveram contato
direto com fluidos e secreções corporais de pessoas suspeitas, casos prováveis
ou confirmados para Mpox.
DOENÇA – A infecção causa erupções que geralmente se
desenvolvem pelo rosto e depois se espalham para outras partes do corpo. Os
principais sintomas envolvem febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas
costas, linfadenopatia, calafrios e fadiga.
As principais medidas de controle são isolamento dos doentes, rastreamento e monitoramento dos contatos íntimos e familiares do paciente e utilização de equipamentos de proteção individual pelos doentes e por parte dos profissionais de saúde ou cuidadores dos casos.
O diagnóstico da doença é realizado de forma laboratorial,
por teste molecular ou sequenciamento genético. O teste deve ser feito em todos
os pacientes que forem enquadrados na definição de caso suspeito. As amostras
são direcionadas para os laboratórios de referência pelo Laboratório Central do
Estado (Lacen).
Confira AQUI o boletim.
AEN | Foto: SESA
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