Eleições 2024: eleitores jovens aumentam 78% em relação a 2020
- 27/08/2024
O número de jovens de 16 e 17 anos que fizeram o cadastro
eleitoral e estão aptos a votar nas eleições municipais de outubro saltou 78%
em comparação com o pleito municipal anterior, de 2020. Agora, há 1.836.081
eleitores nessa faixa etária, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral
(TSE).
Nas eleições municipais de 2020, haviam se alistado
1.030.563 eleitores adolescentes, que não têm a obrigação de votar. No Brasil,
o voto é obrigatório somente entre os 18 e os 70 anos, conforme a Constituição.
O crescimento dessa faixa etária superou em muito o do eleitorado em geral, que
subiu 5,4% de um pleito municipal a outro.
Com isso, eles agora chegam a 1,17% de todo o eleitorado
brasileiro, que soma mais de 155,9 milhões de votantes. A faixa etária com
maior eleitorado é a de 45 a 59 anos, que soma 38.883.736 eleitores.
Nas eleições gerais de 2022, os adolescentes haviam
comparecido em número ainda maior, com o alistamento 2,1 milhões (51,13% acima
de 2018). O TSE, contudo, evita fazer a comparação entre os dois tipos de eleição,
pois há localidades que não participam das eleições municipais, como é o caso
de Brasília, Fernando de Noronha e das seções eleitorais no exterior.
Já na outra ponta do eleitorado, 15,2 milhões de eleitores
acima dos 70 anos estão aptos a votar neste ano, 9,76% do eleitorado total. O
número é 23% maior que em 2020, quando eram 12,3 milhões. Somando-se aos
jovens, totalizam 20,5 milhões de brasileiras e brasileiros que podem escolher
se votarão nas eleições de 2024.
Perfil
Em todas as faixas etárias, as mulheres são maioria,
refletindo o que já ocorre na pirâmide etária da população em geral.
Geograficamente, elas são a maioria dos votantes em 3.432 municípios, dos 5.569
que participam das eleições neste ano, ou seis em cada dez. A maior proporção é
em Maceió, onde elas são 55,3% dos eleitores. Uma curiosidade é que em 11
cidades há exatamente o mesmo número de homens e mulheres votantes.
Neste ano, 28.769 pessoas não informaram o sexo. Ao mesmo
tempo, quadruplicaram aquelas que adotaram o nome social no título de eleitor,
na comparação entre eleições municipais. Elas agora somam 41.537 pessoas, ante
9.985 em 2020.
Também aumentou acima do ritmo do eleitorado em geral o
número de eleitores que declaram algum tipo de deficiência ou mobilidade
reduzida, de 1.157.619 em 2020 para 1.451.846 neste ano, alta de 25%.
Das 500.183 seções eleitorais espalhadas pelo país, a
Justiça Eleitoral separou 180.191 para contarem com recursos de acessibilidade.
O prazo para solicitar a transferência para uma seção desse tipo se encerrou em
22 de agosto.
Em relação à escolaridade, a maior parte do eleitorado tem o
ensino médio completo (42,1 milhões) ou o fundamenta completo (35 milhões). Os
que têm nível superior completo são 16,7 milhões, enquanto 5,5 milhões se
declararam analfabetos.
Seguindo a divisão geográfica da população, a maior parte
dos eleitores mora no Sudeste (66,9 milhões), seguido por Nordeste (43,3 milhões),
Sul (22,6 milhões), Norte (12,9 milhões) e Centro-Oeste (9,7 milhões).
Somente no município de São Paulo, o mais povoado do país,
podem votar 9,3 milhões de pessoas. A cidade com o menor número de eleitores é
Borá, com 1.094, que curiosamente também fica no estado de São Paulo.
Neste ano, o eleitorado brasileiro foi chamado a comparecer
às urnas em 6 de outubro, quando deverão escolher prefeitos, vices e vereadores
de suas cidades. Eventual segundo turno está marcado para 27 de outubro, mas somente
em cidades com 200 mil habitantes ou mais, e na qual nenhum candidato tenha
conseguido maioria absoluta dos votos.
EBC | Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
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