População do Paraná deve ultrapassar 12 milhões de habitantes até 2027, aponta IBGE
- 23/08/2024
Atualmente com 11,44 milhões de habitantes, a população
paranaense deve continuar crescendo até 2044 e, a partir de 2027, ultrapassará
a marca de 12 milhões de habitantes. É o que apontam os dados mais recentes
sobre a projeção da população nacional divulgados pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (22) e analisados pelo
Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes).
As projeções são feitas pelo órgão nacional a partir dos
dados obtidos do Censo 2022. De acordo com estas estimativas, o Estado deverá
chegar a 2027 com 12,01 milhões de residentes, aproximadamente 570 mil a mais
do que o último recenseamento.
O auge do crescimento populacional estadual deve ocorrer em
2044, quando, de acordo com as projeções, haverá 12,46 milhões de pessoas
espalhadas pelos 399 municípios do Paraná. Após este ano, o IBGE estima que a
curva se inverterá, com queda no número geral de habitantes.
Já o crescimento populacional do país vai desacelerar até
2041, quando a população atingirá seu valor máximo: 220,4 milhões de
habitantes. A partir deste ano, a população do País deve diminuir, até chegar
aos 199,2 milhões de habitantes em 2070. Rio Grande do Sul e Alagoas devem ser
os primeiros a reduzir sua população, já em 2027. Por outro lado, Mato Grosso
deve ser o último estado a fazer essa inflexão.
ENVELHECIMENTO – De 2024 a 2070, a idade média dos
paranaenses passará de 36,4 para 48 anos. No mesmo período, a proporção de
idosos subirá de 17% para 36,9% da população. Em 2024, o IBGE projetou um total
de 2,01 milhões de paranaenses idosos, número que deverá mais do que dobrar até
2070, quando as estimativas apontam para cerca de 4,23 milhões pessoas com 60
anos ou mais residentes no Estado.
Além da presença de mais pessoas na faixa da terceira idade,
elas também viverão por mais tempo. A expectativa de vida para um paranaense
nascido em 2000 era de 72,2 anos, passando para 76,8 anos em 2024 e 83,9 para
os nascidos em 2070, segundo as atuais projeções. Os números evidenciam a
melhoria das condições de vida da população e a boa estrutura de atendimento na
área de saúde no Paraná.
De acordo com o presidente do Ipardes, Jorge Callado, os
dados serão levados em conta para o planejamento de Governo e elaboração das
políticas públicas estaduais. “O Governo do Estado está atento aos movimentos
populacionais e já tem desenvolvido programas e ações específicos, como o
Condomínio do Idoso, voltado à crescente parcela da população de mais idade”,
afirmou.
TAMANHO DAS FAMÍLIAS – Na mesma publicação em que projeta a
população nacional e dos estados para as próximas décadas, o IBGE também
analisou a taxa de fecundidade das mulheres brasileiras. Apesar de seguir uma
tendência nacional de redução no número de filhos por mulher iniciada na década
de 1960, o Paraná tem atualmente a maior taxa de fecundidade do Sul do Brasil.
Cada mulher paranaense tem, em média, 1,59 filho, enquanto essa proporção é de 1,58 entre as catarinenses e de 1,51 entre as gaúchas. A proporção de nascimentos do Estado também supera a média nacional, que é de 1,57 por mulher. Essa taxa de fecundidade também tem influência direta nas projeções populacionais traçadas pelo IBGE.
Segundo a gerente de Estudos e Análises Demográficas do
IBGE, Izabel Marri, a principal importância das projeções é ter informações
sobre a população do País anualmente, pois os censos demográficos são feitos
apenas a cada dez anos. “Essa informação, por idade e sexo, é fundamental para
se elaborar políticas públicas voltada para crianças, idosos ou para a força de
trabalho. Além disso, esses dados são a base para o cálculo do Fundo de
Participação dos Municípios (FPM) e dos Estados (FPE)”, disse.
Izabel lembra que a redução da taxa de fecundidade é
resultado, entre outros fatores, do aumento da urbanização, da entrada das
mulheres no mercado de trabalho e da maior escolaridade feminina, além da
popularização da pílula anticoncepcional. “Com isso, as taxas de fecundidade
recuaram gradativamente de uma média de mais de seis filhos por mulher para os
patamares atuais”, explicou.
AEN | Foto: Roberto Dziura Jr/AEN
Ficou sabendo de algo? Envie sua notícia no WhatsApp Xeretando (45)99824-7874
0 Comentários