Paraná participa de mobilização nacional de identificação de pessoas desaparecidas
- 22/08/2024
A Polícia Científica do Paraná vai participar, de 26 a 30 de
agosto, da Mobilização Nacional de Identificação de Pessoas Desaparecidas. A
ação será coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), no
âmbito da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), em parceria com as
secretarias estaduais. O objetivo é aumentar o número de perfis genéticos
coletados e, consequentemente, a chance de identificação de pessoas
desaparecidas.
“Vale ressaltar que temos um reforço durante o período da
mobilização todos os anos, intensificando a importância das coletas, mas as
ações são feitas diariamente pela Polícia Científica. As coletas são provas
importantes que podem auxiliar no trabalho de investigação da Polícia Civil.
Este é mais um exemplo de que no Paraná as forças de segurança atuam de forma
integrada”, disse o secretário estadual da Segurança Pública, Hudson Leôncio
Teixeira.
De acordo com o diretor-geral da Polícia Científica do
Paraná, Luiz Rodrigo Grochocki, um dos pilares fundamentais da ação é a coleta
de material genético das famílias de pessoas desaparecidas.
“Este procedimento é crucial, pois aumenta
significativamente as chances de localização e identificação destas pessoas,
utilizando métodos científicos avançados”, disse Grochocki. “É vital que as
famílias procurem as unidades da Polícia Científica para realizar essa coleta.
Essa colaboração não só fortalece a eficácia das investigações, mas também
representa um passo essencial na busca por respostas”.
A coleta deve ser feita preferencialmente por familiares de
primeiro grau, como pai e mãe biológicos, filhos biológicos (neste caso, o
outro genitor também deve fazer a coleta a fim de comparação), e irmãos
biológicos (filhos do mesmo pai e da mesma mãe).
Recomenda-se a coleta de amostras de, pelo menos, dois
familiares para aumentar a precisão e a chance de identificação. Além disso, é
importante que o material genético seja inédito, ou seja, que o familiar não
tenha feito outra coleta de DNA anteriormente.
A pessoa com um familiar desaparecido e que já teve que
realizar a coleta em outro momento não precisa fazer o procedimento novamente,
pois o material colhido anteriormente permanece guardado no banco de perfis
genéticos e pode ser usado novamente.
“Em maio de 2024 foram registrados mais de 220 mil perfis
inseridos no banco nacional, sendo 7 mil pelo estado do Paraná, o que culminou
em oito identificações de cadáveres”, explica o chefe da Seção de Genética Molecular
Forense, Pedro Canezin.
Veja AQUI a localização das Unidades de Execução Técnico-Científicas,
da Polícia Científica do Paraná, para a coleta.
BUSCAS – Para a solução do caso, o registro do boletim de
ocorrência, que pode ser feito em qualquer delegacia no Estado ou também via
internet, deve ser o primeiro passo para o início da busca. A partir deste
procedimento, a Polícia Civil do Paraná alinhará a tecnologia à expertise dos
policiais, e iniciará a investigação para dar respostas rápidas e efetivas aos
familiares.
“O trabalho integrado entre as forças auxilia em uma resposta rápida e eficaz aos familiares. Esta campanha traz a importância da contribuição das instituições de segurança atrelada com a colaboração das famílias, para que tenham respostas sobre os desaparecimentos”, explica a delegada Patricia Paz.
A notificação do desaparecimento deve ser feita assim que
for notada a ausência de uma pessoa sem causa conhecida – não é necessário
esperar 48 horas para fazer esta comunicação. A ocorrência pode ser registrada
em qualquer delegacia no Estado, independente de ser especializada em busca de
desaparecidos ou não.
Outra opção é fazer o BO pela internet, no link
www.delegaciaeletronica.pr.gov.br/, mas é fundamental que, após o procedimento,
o familiar vá a uma delegacia para levar uma foto do desaparecido e prestar
mais informações.
Depois disso, ele deve procurar um ponto de coleta mais
próximo (veja aqui endereços e contatos). Todas as Unidades de Execução
Técnico-Científica da Polícia Científica do Paraná realizarão as coletas. É
preciso levar os documentos pessoais, além do boletim de ocorrência do
desaparecimento.
Caso possua, é importante levar também objetos de uso
exclusivo da pessoa desaparecida, como escova de dentes, aparelho de barbear ou
amostras como dente de leite e cordão umbilical, pois esses itens podem conter
material genético valioso para a investigação.
LOCALIZAÇÃO - Após a coleta, os peritos realizam o exame de
DNA para inclusão no banco nacional de dados genéticos. Com a amostra
cadastrada, é feito o cruzamento com perfis genéticos de pessoas vivas e pessoas
falecidas não identificadas.
Se houver resultado positivo da comparação do perfil dos
familiares com um perfil genético do banco, a instituição responsável fará
contato com a família.
Depois da inserção do perfil no banco, se o resultado for
classificado como de “Pessoa não localizada”, o banco de perfis genéticos
manterá a busca por perfis automaticamente a cada nova atualização da base de
dados.
AEN | Foto: José Fernando Ogura/Arquivo AEN
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