Contratação de obras da rede elétrica está 60% mais ágil no Paraná
- 16/08/2024
Um ano após a transformação da Copel em uma corporação, a
contratação de obras para ampliação e melhorias na rede de distribuição de
energia em todo o Paraná está 60% mais rápida que em anos anteriores. A
Companhia está mais ágil e eficiente. Em 2024, a contratação de uma empreiteira
para a construção de subestações e linhas está sendo realizada, em média, em 61
dias, três meses a menos do que era necessário para a contratação de uma obra
de grande porte, na média dos quatro anos anteriores.
Somente no primeiro semestre de 2024, o departamento de
construção de linhas e subestações da Copel realizou 18 contratações de obras
de grande porte, volume 125% maior que os 8 contratos realizados ao longo de
todo o ano de 2023 e 75% acima do total realizado nos 12 meses de 2022.
"As novas contratações incluem a construção de oito
subestações e a ampliação de outras 26, que terão sua capacidade de
distribuição de energia duplicada", destaca Edison Ribeiro da Silva,
superintendente de engenharia de expansão da Copel. Ele reforça que as
contratações mais ágeis se traduzem em obras concluídas com antecedência e
energia de melhor qualidade para a população.
Um dos empreendimentos já contratados no novo modelo é a
subestação Jardim Figueira, de 138 mil volts, que será instalada em Apucarana e
vai transformar um investimento de R$ 76 milhões em infraestrutura elétrica de
qualidade para a Região Norte.
Dentre as subestações que estão sendo ampliadas, as unidades
de Francisco Beltrão, Pitanga e Canteiro Segredo (em Reserva do Iguaçu), todas
de 138 mil volts, também já tiveram a contratação feita de forma mais ágil, no
novo modelo.
ANTECIPAR COMPRAS - A maior flexibilidade também está
ajudando a área de construção de linhas e subestações a antecipar a compra de
equipamentos necessários para as obras. Para realizar a ampliação das
subestações, a equipe já adquiriu 28 novos transformadores. Como se trata de
equipamentos de grande porte, que podem pesar cerca de 100 toneladas e demoram
até um ano para serem produzidos, a compra antecipada ajuda a garantir a
entrega a tempo das obras.
No caso de grandes projetos de engenharia, como a
modernização da Usina Hidrelétrica Governador Parigot de Souza, em Antonina, prevista
para iniciar em 2025, há ainda um ganho com a possibilidade de adequação de
escopo e especificação técnica dos projetos durante a contratação - o que era
inviável antes. As equipes têm mais eficácia na definição de modelos de
equipamentos, contemplando o que há de mais atual e inovador no mercado.
GESTÃO MAIS EFICIENTE - A maior agilidade nos processos
decorre, também, de melhorias na qualidade da gestão das contratações. “O novo
modelo permite que a gente dialogue mais com os fornecedores, explique em
detalhes quais são as demandas da Copel e eleve as exigências de qualidade”,
afirma Silva.
Ele explica que, anteriormente, para seguir as regras da lei federal nº 13.303/2019 (Lei das Estatais), esse contato prévio com candidatos era bastante limitado. “Enfrentávamos diferentes desafios, como casos de fornecedores que apresentavam um valor extremamente baixo, mas depois abandonavam a obra, o que exigia uma nova licitação e aumentava consideravelmente o prazo e o custo da obra”, acrescenta.
Havia outros fatores que protelavam a execução dos
empreendimentos. A companhia enfrentou embargos judiciais movidos por
solicitações de concorrentes que perderam o processo licitatório, e teve que
lidar ainda com licitações desertas que atrasaram a realização de obras.
“Agora, apresentamos o escopo do projeto, o padrão da obra,
esclarecemos as dúvidas. Com essas informações, os potenciais fornecedores têm
uma visão mais clara da obra e dos riscos, o que muitas vezes se transforma em
redução nos preços apresentados nas propostas”, pontua Graziella Costa
Gonçalves, gerente do departamento de construção de linhas e subestações.
Ela conta que, paralelamente, a companhia manteve as
exigências de habilitação técnica presentes na lei federal e implementou novos
critérios de avaliação de fornecedores que contribuem para a contratação de
empresas qualificadas. “O que mudou agora é que não corremos mais o risco de
selecionar o fornecedor que não tem bom desempenho. E isso levou a um aumento
na procura dos fornecedores qualificados e na concorrência das obras."
O número maior de fornecedores diluiu o risco. Ao mesmo
tempo, a equipe percebe uma melhoria também na gestão das obras. "Nós ajudamos
as empresas a analisar a sua capacidade executiva, damos feedbacks
periodicamente, mostramos o que precisa ser melhorado", acrescenta
Graziella.
Ela destaca que, com diálogo desde o início, transparência e
construção de confiança, a contratação e a gestão de obras estão mais
eficientes e o processo tem passado por melhorias contínuas. "É uma
relação que se traduz em um trabalho mais ágil e eficiente, o que beneficia a
sociedade como um todo, que ganha com os novos investimentos."
AEN | Foto: Copel
Ficou sabendo de algo? Envie sua notícia no WhatsApp Xeretando (45)99824-7874
0 Comentários