Semana terá novidades sobre armas e fraudes contra INSS
- 14/01/2019
Esta semana será de mudanças na
legislação com a edição de um decreto e uma medida provisória, ambos aguardando
aprovação do presidente Jair Bolsonaro. Uma das medidas flexibilizará a posse
de armas de fogo e a outra combaterá fraudes no INSS (Instituto Nacional do
Seguro Social).
Facilitar o acesso do cidadão à
arma de fogo foi uma das principais propostas de Bolsonaro durante a campanha
eleitoral. Em menos de um mês de governo, ele cumprirá sua promessa e vai
desburocratizar a posse desse tipo de arma.
A MP deve tirar do delegado da
Polícia Federal a decisão de conceder ou não a licença apenas com base na
justificativa do solicitante. "[Atualmente,] se o delegado não for com a
sua cara, ele pode dizer não porque esse requisito da necessidade comprovada é
subjetivo, depende do arbítrio do delegado. Com o decreto, isso
desaparece", adiantou o deputado Alberto Fraga.
Na semana passada, Fraga foi
chamado por Bolsonaro para tratar do assunto, uma vez que relata na Câmara um
projeto de flexibilização do Estatuto do Desarmamento.
Segundo ele, ainda será
necessário embasar o pedido de posse de arma, mas a justificativa não poderá
ser usada como fundamento para uma negativa. Conforme o parlamentar, serão
exigidos que o cidadão não tenha antecedentes criminais e a aprovação em teste
de aptidão psicológica.
O decreto deverá aumentar para
dez anos o prazo para renovação do registro de arma de fogo, além de conceder
uma espécie de anistia para armas sem registro ou com o registro vencido. Será
concedido um prazo para o cadastro dessas armas na Polícia Federal, desde que
não tenham sido usadas para cometer crimes.
Previdência
Bolsonaro também está prestes a
assinar uma MP que visa a diminuir entre R$ 17 bilhões e R$ 20 bilhões as
perdas na seguridade social até dezembro. O secretário especial da Previdência
e Trabalho, Rogério Marinho, esteve reunido com os ministros da Economia, Paulo
Guedes, e da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, na semana passada, para tratar do
texto que promete fechar o carco às fraudes em benefícios previdenciários.
"[O presidente] assinando,
passa a ser do conhecimento público e a gente vai poder explicar em detalhes o
que pretende nesse projeto, que combate a fraude, aperfeiçoa os mecanismos de
validação de benefício em todo o país e atende a uma preocupação da sociedade como
um todo", disse na ocasião.
Conforme o secretário, a MP
também vai trazer "segurança jurídica" para o INSS. "Estamos
prevendo algumas alterações na legislação que vão dar uma segurança jurídica ao
próprio trabalho do INSS. Ao longo dos últimos anos, várias ações feitas pelo
INSS para aperfeiçoar o sistema esbarraram na falta de fundamentação legal.
Essas dificuldades que foram identificadas estão sendo corrigidas".
De acordo com ele, existem mais
de 2 milhões de benefícios que devem ser auditados pela Receita Federal. São
benefícios que têm indícios de ilicitude e devem passar por um mutirão de
investigação. "Há relatórios de ações anteriores, inclusive convalidados
pelo TCU [Tribunal de Contas da União], que demonstram uma incidência de 16% a
30% de fraudes nesse tipo de benefício".
Alerta Paraná
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