Brasil registra 1º caso de sarampo importado desde 2022
- 26/01/2024
O Rio Grande do Sul confirmou, nessa quinta (25/1), o
registro de um caso importado de sarampo: o paciente é um menino de 3 anos que
chegou do Paquistão no dia 27 de dezembro de 2023. De acordo com o Centro
Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), a criança não estava vacinada.
Este é o primeiro caso de sarampo confirmado no país desde
junho de 2022, e o primeiro do estado desde abril de 2020. Ele acende um alerta
sobre a importância da vacinação contra a doença. Reino Unido, Estados Unidos,
México e Portugal emitiram alertas sobre a preocupação com o aumento de casos
nas últimas semanas.
O menino chegou ao Brasil por São Paulo em 26 de dezembro e
viajou para o Rio Grande do Sul no dia seguinte. Neste período, ele ainda não
estava transmitindo a doença. A família procurou atendimento médico em 2 de
fevereiro, após a criança apresentar dor abdominal e febre.
Ele foi hospitalizado e permaneceu em isolamento até o dia
15. Exames de sorologia do Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) do Rio
Grande do Sul e de biologia molecular da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no
Rio de Janeiro, confirmaram a infecção por sarampo. A criança passa bem e os
familiares não apresentaram sintomas.
De acordo com o Cevs, o município monitora atendimentos de
pacientes com febre, erupção cutânea, tosse, coriza ou conjuntivite sem
identificação de caso suspeito.
Vacinação contra o sarampo
O sarampo é uma doença infecciosa extremamente contagiosa e
especialmente grave em crianças menores de 5 anos e pessoas imunodeprimidas. O
vírus é transmitido ao tossir, espirrar ou falar.
A doença pode ser prevenida com a vacina tríplice viral
(sarampo, rubéola e caxumba), aplicada em duas doses aos 12 e 15 meses de
idade. A vacina está disponível nos postos de vacinação para todas as pessoas
com idades entre 1 e 59 anos.
A meta de cobertura vacinal do Ministério da Saúde é de 95%
dos indivíduos vacinados. Atualmente, 86,96% da população recebeu a primeira
dose e apenas 62,95%, a segunda.
“É um momento de atenção e de enfatizar a preocupação com o
sarampo, que é uma doença muito infecciosa”, afirma a pediatra Mônica Levi,
presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).
Segundo Mônica, os pais devem entender que apenas uma dose
não é suficiente para proteger as crianças. “A dose zero ainda tem muita
interferência com os anticorpos da mãe, por isso é fundamental completar o
esquema vacinal”, alerta.
Os adultos que perderam o cartão de vacinação e não sabem se
tomaram as duas doses podem receber uma nova vacina sem prejuízos à saúde.
Com Inf: Metrópoles |Foto:
Getty Images
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