Justiça volta a suspender cobrança e reduzir tarifa de pedágio da Econorte
- 08/12/2018
A 1ª Vara Federal de Curitiba
voltou a determinar, ontem, a liberação das cancelas da praça de pedágio da
concessionária Econorte em Jacarezinho (Norte Pioneiro), e a redução das
tarifas, em 26,75% nas praças de Jataizinho e Sertaneja. A decisão inicial, da
1ª Vara Federal de Jacarezinho, em uma ação civil pública proposta pelo
Ministério Público Federal (MPF), tinha sido suspensa pelo Tribunal Regional
Federal da 4ª Região (TRF-4), na última terça-feira (04).
O TRF-4 considerou que a legitimidade
para julgamento da ação seria da 1ª Vara Federal de Curitiba, já que há uma
ação penal, que apura o pagamento de propina pela Econorte para alterações de
contrato de concessão por meio de aditivos, tramita junto à 23ª Vara Criminal
da Capita.
Com a decisão, as medidas
determinadas pelo juiz Rogério Cangussu Dantas Cachichi tinham sido suspensas e
à 0 horas de quinta-feira, a concessionária voltou a cobrar pedágio na praça de
Jacarezinho e retomou o valor integral da tarifa nas outras duas praças.
A juíza substituta Thais Sampaio
da Silva Machado, da 1ª Vara Federal de Curitiba, considerou, porém, que apesar
da questão da competência ter sido resolvida, ainda não há decisão da 2ª
instância sobre as demais decisões. "Ratifico, por ora, a decisão
proferida pelo Juízo de Jacarezinho, sem prejuízo naturalmente de que a questão
dos pressupostos da tutela provisória seja examinada em momento oportuno pela
Corte Regional", apontou a magistrada no despacho. Para a juíza, o
desbloqueio de mais de R$ 1 bilhão da concessionária, sem decisão sobre o
mérito da questão, pode gerar eventual perda de valores. "Não há prova,
ademais, de que o valor bloqueado corresponda à liquidez imediata das empresas
em relação a débitos vencidos e, especialmente, obrigações trabalhistas",
afirma a juíza.
A Econorte alega que ainda não
foi notificada. Além das decisões que afetam diretamente os usuários das praças
de pedágio da Econorte, o juiz da 1ª Vara Federal de Jacarezinho, Rogério
Cangussu Dantas Cachichi, também determinou a retomada do cronograma de obras
da concessão, firmado entre o Governo do Estado e a Triunfo Econorte, incluindo
o Contorno Norte de Londrina, no norte do estado, que deve ter as obras
iniciadas em 30 dias.
A liminar ainda determinou o bloqueio
de mais de R$ 1 bilhão nas contas do Grupo Triunfo Econorte, que controla a
concessionária.
A ação teve como base
investigações da Operação Integração I, que apontou a existência de um esquema
criminoso de corrupção, lavagem de dinheiro, sonegação fiscal, estelionato e
peculato na administração das rodovias federais no Paraná. Segundo o MInistério
Público Federal, as concessionárias pagariam propina a agentes públicos em
troca de aditivos contratuais que permitiam aumento de tarifas e cancelamento
ou adiamento de obras.
Redação Bem Paraná com informações do G1
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