Polícia Científica do Paraná comemora 19 anos com avanços
- 26/10/2020
Há 19 anos a Polícia Científica do Paraná, instituição vinculada à Secretaria da Segurança Pública (Sesp), está servindo a sociedade e, por meio das ciências forenses, colaborando com a Justiça. Foi em 24 de outubro de 2001 que o Instituto de Criminalística e o Instituto Médico-Legal (IML), que até então integravam a Polícia Civil, uniram conhecimentos em uma nova corporação para melhor atender as demandas de perícias criminais do Estado.
Embora a Polícia Científica do Paraná tenha sido instituída após os anos dois mil, a linha do tempo das ciências forenses a serviço da segurança pública estadual iniciou-se há cerca de 120 anos, com a inauguração do IML, em 1898.
De acordo com o secretário de Estado da Segurança Pública do Paraná, Romulo Marinho Soares, o desenvolvimento constante da Polícia Científica beneficia, além da instituição, toda à sociedade e, por isso, é uma das prioridades da pasta. "Nós estamos trabalhando para a Polícia Científica do Paraná ser a melhor do Brasil”, afirma.
“Por isso, é muito gratificante saber, nesses primeiros 19 anos de história, que podemos contar com profissionais dedicados à aprimorar seus conhecimentos com o objetivo de servir a sociedade com excelência. É por isso que estamos trabalhando para reforçar o efetivo da instituição e investir em tecnologias de ponta. Meus parabéns, à todos que fazem a Polícia Científica ser a referência", destaca o secretário.
“Neste aniversário da nossa instituição, rogo para que tenhamos força e energia para que a Polícia Científica do Paraná continue sempre iluminando o caminho daqueles que buscam a verdade e a justiça”, disse o diretor-geral da instituição, perito Luiz Rodrigo Grochocki. “Afinal, Polícia Científica é ciência à serviço da justiça”, completou o diretor do Instituto Médico Legal, perito André Ribeiro Langowski.
O diretor do Instituto de Criminalística, perito Mariano Schaffka Netto, explica que são os laudos elaborados pelos integrantes da Polícia Científica que vão ajudar a solucionar uma ocorrência. “É gratificante utilizar o conhecimento científico para permitir que o Poder Judiciário faça justiça no caso concreto”, considera. “É através de nossos laudos que o Juiz não só decide se a pessoa deve ser punida ou não, mas também o quantum de pena que a conduta praticada merece, após a reconstrução da mesma através da ciência”, afirma.
INVESTIMENTO - Neste mês de outubro, trinta e dois novos servidores da Polícia Científica tomaram posse. São dois médicos-legistas, quatro auxiliares de necropsia e vinte e seis peritos criminais, que irão atuar nas unidades da instituição do Interior do Estado. Essa incorporação faz parte do plano de reforçar o quadro de servidores da Segurança Pública.
Além do reforço de profissionais, a Polícia Científica recebeu, neste ano, investimento em novas viaturas que foram destinadas para diversas regiões do Estado. Reformas em prédios da instituição também aconteceram e a abertura de novas unidades estão sendo estudadas.
Neste ano, umas das ações inovadoras e integradas da Polícia Científica foi a inauguração do Centro de Ciências Forenses da Universidade Federal do Paraná, em parceria com a Polícia Federal. O objetivo é que pesquisas e desenvolvimentos tecnológicos na área forense possam contribuir com os trabalhos da segurança pública.
Outra recente parceria é focada em intensificar o combate ao tráfico de drogas em Curitiba e região. Em um trabalho integrado, as polícias Científicas e Militar uniram forças e conhecimento para aprimorar a habilidade dos cães de faro do Batalhão de Operações Especiais (Bope). O novo treinamento tem como objetivo principal preparar mais de 30 cães policiais para encontrar, com precisão, novas drogas sintéticas que estão em circulação.
MULTIDISCIPLINAR - Tudo isso ocorre porque o trabalho do perito está ligado a diversos campos, interrelacionado entre áreas de conhecimento e sempre atualizada. "A perícia forense é multidisciplinar. O profissional deve conhecer a rotina e o linguajar jurídico, além de possuir o conhecimento específico de sua área de atuação, que pode ser engenharia, química, computação, entre outras”, contou o perito da Computação Forense de Curitiba, Marcus Fabio.
Segundo ele, na seção de computação forense, o profissional da Polícia Científica precisa conhecer técnicas e conceitos relacionados aos objetos sob análise mais até do que entender das próprias ferramentas. “O perito de computação é o arqueólogo da era da informação, pois seu trabalho é reconstruir o passado, constatando, quando possível, a materialidade e autoria de delitos cometidos com o uso ou através de recursos tecnológicos”, afirmou.
ORGULHO - No decorrer de quase duas décadas, a Polícia Científica expandiu-se pelas regiões do Paraná e tornou-se uma das instituições referência nacional na área de ciências forenses. Tecnologia, ciência, pesquisa e inovação são algumas das vertentes seguidas pelos peritos criminais e médicos legistas que se dedicam para desenvolver este trabalho.
Um exemplo disso, é o sentimento de pertencimento da gerente de laboratórios forenses da Polícia Científica do Paraná e perita criminal, Mariana Ulysséa de Quadros. “Ainda durante a graduação de farmácia descobri que existiam farmacêuticos trabalhando como peritos. Me encantei instantaneamente e decidi que esta seria minha profissão. Ser perita é um sonho realizado e me sinto privilegiada por amar o meu trabalho”, declarou.
Quem também vivencia o mesmo sentimento de Mariana é o perito criminal que atua na unidade de Paranavaí, Evandro Luiz Lustre. “Sinto-me honrado em fazer parte da Polícia Científica e, principalmente, em exercer minha função. Ser perito criminal vai muito além de apenas uma escolha profissional, é uma questão de querer fazer a diferença na vida das pessoas, trazer a verdade e a justiça para aqueles que a buscam, acima de tudo, fazer uso da ciência na comprovação dos fatos de forma imparcial”, relatou.
Para o perito da Seção Técnica de Campo Mourão, Henrique Czap Coelho, o trabalho desenvolvido exige uma capacidade de entender pequenos detalhes e buscar, quotidianamente, a isenção. “Ser perito é ser capaz de ouvir de forma isenta e verdadeira o que os vestígios falam”, destacou. “É sempre, e acima de tudo, buscar a verdade de um fato através da ciência, não medindo esforço, dedicação e tempo para realmente chegar a uma conclusão justa”, completou o perito de Curitiba, Marcos Aurélio Nascimento Teixeira.
AEN
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