Sonar de alta tecnologia ajuda Corpo de Bombeiros do Paraná em busca subaquáticas
- 18/07/2025
Equipamento faz a varredura de áreas extensas e capta imagens nítidas em 3D mesmo em águas turvas e profundas poupando tempo e otimizando o trabalho dos mergulhadores. A TECNOLOGIA do Sonar do CBMPR foi usada nas mais recentes imagens do navio Titanic.
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O Corpo de Bombeiros Militar do Paraná (CBMPR) conta com
um equipamento com tecnologia de ponta para buscas em rios, lagos e mar com
alta precisão que poupa tempo e dá mais segurança aos profissionais. O sonar
subaquático side scan possibilita varrer uma grande área de cursos d'água e
transformá-la em imagens 3D de alta fidelidade.
Na última quarta-feira (16) ele foi usado pelos bombeiros
para ajudar no resgate do corpo de um jovem desparecido no domingo (13) no Rio
Paranapanema, no Norte do Paraná. A equipe conseguiu, em três horas com o
sonar, varrer 242 mil m² de uma área que, antes da ação dos merguladores, foi
descartada como local onde estaria o corpo.
Com o sonar é possível identificar a localização exata de
objetos ou estruturas submersas a até 300 metros de profundidade e em um espaço
de 150 metros para cada lado. A tecnologia do sonar utilizado pelo CBMPR é
conhecida do grande público por ter sido usada nas mais recentes imagens do
navio Titanic.
“Podemos ter um panorama muito fiel do fundo do leito
marinho ou de rios e represas para visualização de embarcações, carros e
aeronaves afundadas e, eventualmente, corpos de pessoas que tenham se afogado”,
explica o major Gabriel Greinert, comandante do Grupo de Operações de Socorro
Tático (GOST) do CBMPR. A unidade recebeu o sonar do Governo do Estado com um
investimento de R$ 450 mil.
Além do Paraná, a tecnologia do side scan para buscas
subaquáticas é empregada apenas pelas forças de segurança do Distrito Federal e
do Rio de Janeiro. O sonar, fabricado nos Estados Unidos, tem potência superior
aos sonares de pesca de uso profissional. “A tecnologia é complexa, não tem uso
simples e nos demanda muito treinamento”, diz o major Greinert.
O equipamento proporciona um ganho operacional, pois poupa
o tempo que os mergulhadores despendem nas buscas. “Em situações de afogamento
ou recuperação de barcos e carros, a única maneira de encontrar era
mergulhando. Quando temos pontos de busca definidos, pode ser rápido, mas
quando não há sinais ou relatos de onde buscar, gasta-se muito tempo”, diz o
comandante do GOST.
Os mergulhos rasos de até 12 metros podem ter até uma hora
de submersão. “Em 50 metros a permanência é de poucos minutos e o mergulhador
tem que retornar à superfície diversas vezes, com poucas condições de avanço
nas buscas”, informa o major. Segundo ele, o Paraná tem rios e lagos com
profundidade superior a 50 metros. Com o sonar, é possível varrer um perímetro
amplo para o mergulho pontual, além de descartar outras áreas.
NOVAS TECNOLOGIAS DE BUSCAS – A Secretaria de Segurança Pública do Paraná (SESP) destinou ao
GOST R$ 1,5 milhão em 2025 para novas tecnologias de busca, entre elas quatro
conjuntos de mergulho técnico, com roupa seca e máscara full face, como
escafandros.
Além disso, serão utilizados aparelhos de comunicação
subaquática e computadores de mergulho. “Estamos adquirindo material
descompressivo, que permite ao mergulhador ficar por mais tempo em grandes
profundidades”, explica o major. A meta é, com o sonar e equipamento de mergulho
técnico, ter uma equipe completa de operação apta aos 70 metros de
profundidade, tabela máxima do mergulho descompressivo, até o final de 2026.
RAPIDEZ – Na primeira
operação do sonar side scan, em novembro de 2024, o GOST encontrou os corpos de
dois trabalhadores da Sanepar que se afogaram na Represa do Passaúna, em
Araucária. “A equipe usou padrões de busca de mergulho no primeiro dia e não
teve resultado. No dia seguinte, com o sonar, os corpos foram encontrados em 15
minutos de operação”, diz o major.
“Nossos esforços sempre serão de encontrar as vítimas de
afogamento com vida. O protocolo internacional nos dá até 60 minutos para isso.
O sonar subaquático é voltado a operações mais demoradas, nos desaparecimentos
recentes são feitos os mergulhos rápidos”, explica o comandante do GOST,
unidade que é referência em buscas no País.
Fonte: governo do estado
Foto: CBMPR
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