Paraná tem maior salto em inovação da última década entre principais estados, aponta INPI
- 17/12/2024
O Paraná consolidou-se como um dos estados mais inovadores
do Brasil, registrando um salto no ranking do Índice Brasil de Inovação e
Desenvolvimento (IBID): passou da 6ª para a 3ª posição no período de 2014 a
2024, ou seja, destacando-se como uma das três economias mais inovadoras do
País. O resultado do levantamento é do Instituto Nacional da Propriedade
Industrial (INPI), órgão federal vinculado ao Ministério do Desenvolvimento,
Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).
Esse avanço foi impulsionado por investimentos estratégicos
em ciência, tecnologia e inovação (CT&I), além de um forte foco no
desenvolvimento de capital humano, um dos pilares de contexto avaliados pelo
IBID. O índice, que segue a metodologia do Global Innovation Index da
Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI), avalia a performance dos
27 estados brasileiros em 74 indicadores distintos.
Entre os indicadores do levantamento estão ambientes
propícios para inovação, como instituições, capital humano, infraestrutura,
economia e negócios, além dos resultados, compostos pelos pilares de economia
criativa e tecnologia. Os principais destaques paranaenses no levantamento são
a economia criativa e o capital humano.
O secretário estadual da Inovação, Modernização e
Transformação Digital, Alex Canziani, afirma que o resultado é reflexo de um
investimento na cultura da inovação do Estado. “O destaque do Paraná é a
combinação de políticas públicas voltadas para a inovação, parcerias com o
setor privado e iniciativas educacionais que priorizam áreas tecnológicas e
sustentáveis. Agora, o próximo passo é tornar o Paraná referência em Inteligência
Artificial”, disse.
No topo do ranking do IBID, os seis estados mais inovadores
do Brasil permanecem os mesmos ao longo da década: São Paulo, Santa Catarina,
Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Minas Gerais. Porém, o maior salto
da lista foi do Paraná. Em 2014, o Estado ocupava a 6ª posição, mas avançou de
forma consistente, ultrapassando o Rio de Janeiro e o Rio Grande do Sul, para assumir
a 3ª colocação em 2024.
São Paulo manteve-se como líder, enquanto Santa Catarina
subiu para a vice-liderança, ultrapassando o Rio de Janeiro, que caiu para a 4ª
posição. Rio Grande do Sul e Minas Gerais perderam uma posição cada,
consolidando o cenário atual do top 6 da inovação nacional.
POLÍTICA DE INOVAÇÃO – O Fundo Paraná, principal mecanismo
de financiamento da ciência, tecnologia e inovação no Estado, é um dos pilares
dessa evolução. Em 2023, o fundo alcançou R$ 517,3 milhões, um aumento de 465%
em relação a 2019, quando o orçamento era de R$ 91,5 milhões. Para 2024, a
previsão é de R$ 708,9 milhões, totalizando um crescimento de 674% em seis
anos.
O fundo é aplicado pelas secretarias estaduais da Ciência, Tecnologia
e Ensino Superior (Seti); Inovação, Modernização e Transformação Digital (SEI),
além da Fundação Araucária, Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar),
Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), e o
Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-PR).
O secretário estadual da Ciência, Tecnologia e Ensino
Superior, Aldo Bona, destaca que o resultado reflete o avanço do Paraná na
consolidação do seu sistema estadual de ciência e tecnologia, voltado à
produção e promoção da inovação. “O credenciamento e o fomento de ambientes
promotores de inovação, bem como a articulação das Instituições de Ciência e
Tecnologia, têm contribuído para um cenário promissor. O Estado alcançará
posições ainda melhores nesse ranking nos próximos anos”, disse.
Em 2024, o Estado também ampliou para 490 o número de
ambientes promotores de inovação credenciados em uma estratégia de integração
entre pesquisa, setor produtivo e governo. No total, estão credenciados 36
parques tecnológicos, sendo 10 em operação, 11 em implantação e 15 em
planejamento.
Além disso, são 53 incubadoras, 63 pré-incubadoras, 12
aceleradoras, 64 centros de inovação, 35 agências de inovação, 74 hubs de
inovação e 154 espaços maker.
A política de inovação do Paraná prioriza setores como
agronegócio, biotecnologia, energias sustentáveis, cidades inteligentes e
transformação digital. Projetos como o Paraná Anjo Inovador, da SEI, que já
investiu R$ 37 milhões em startups desde 2023, e o Programa Paraná Mais
Ciência, da Seti, que destinou R$ 57,5 milhões para pesquisas em 2023, reforçam
o investimento em capital humano e na economia criativa paranaense.
No campo da educação, programas como o Talento Tech Paraná,
implementado neste ano, formam jovens em cursos de programação nos municípios
com menor índice de desenvolvimento. Com bolsas de até R$ 1.500, o programa
incentiva a permanência dos alunos em suas cidades, contribuindo para o
desenvolvimento local.
Confira o comparativo:
AEN | Foto: Roberto Dziura Jr/AEN
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