Policiais rodoviários são investigados por participar de desvio de equipamentos eletrônicos do Paraguai
- 15/03/2023
O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), braço do Ministério Público cumpriu nesta terça-feira (14), nove mandados de busca e apreensão e mandados de medidas cautelares contra quatro policiais militares no âmbito da Operação Rota 303 em seis municípios do Norte do Paraná.
As ordens judiciais foram cumpridas com o apoio da Corregedoria-Geral da Polícia Militar em endereços em Londrina, Jataizinho, Ibiporã, Sertanópolis, Uraí e Sertaneja.
As investigações apuram possível envolvimento dos agentes públicos - que atuavam na Polícia Rodoviária Estadual na Polícia Ambiental/Força Verde na apropriação indevida de equipamentos eletrônicos trazidos do Paraguai. Um dos PM’s investigados é vereador na cidade de Sertanópolis.
Os bens indevidamente apropriados pelos policiais militares em produtos eletrônicos foram avaliados em cerca de R$115 mil, segundo cálculos do Gaeco. Entre os produtos estão 27 vídeos games da modelo Xbox One S”, 30 Playstations nº4, 32 smartphones e 14 aparelhos conversores de TV em Smart TV. Alguns equipamentos eletrônicos foram apreendidos.
Segundo o promotor do Gaeco, Jorge Barreto, os bens eram tomados pelos policiais rodoviários nas abordagens em estradas estaduais e também encomendados.
Um policial militar foi detido em flagrante por conta de armas e munições encontradas na residência que não são de uso da corporação. Os nomes dos investigados não foram revelados e os agentes foram afastados das funções.
As investigações sobre o caso tiveram início após a análise de informações contidas em aparelho de telefone celular de um policial rodoviário que foi alvo na Operação Imperium, deflagrada em maio de 2021 pelo Gaeco e voltada a desarticular organização criminosa do ramo de jogos ilegais que atuava em diversos municípios paranaenses e no estado de São Paulo.
Os quatro pm’s investigados devem responder pelo crime de peculato. A Justiça também impôs aos suspeitos a proibição de manter contato com testemunhas e demais investigados, por qualquer meio de comunicação (contato pessoal, telefônico, por meio eletrônico ou virtual).
A corregedoria da Policia Militar do Paraná informou, em nota, que não compactua com desvios de condutas de seus integrantes e que atua com a identificação da verdade dos fatos e que irá tomar providências administrativas para investigar os agentes públicos”.
Com Inf: Preto no Branco | Foto: Divulgação MPPR
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