Tuberculose bovina - um problema de saúde pública

  • 14/01/2020

Considerada um risco para a saúde pública, já que pode ser um problema tanto para animais quanto para humanos, a tuberculose bovina é uma doença de evolução crônica responsável por diversos prejuízos econômicos. "As consequências desta infecção vão desde queda no ganho de peso e na produção leiteira, descarte precoce de animais, condenação de carcaça no frigorífico até a morte de animais, além da perda de credibilidade do produtor", explica o zootecnista Cleocy Jr., gerente de produto da linha leite da Zoetis.

"Esta é uma doença que não tem tratamento. Portanto, preveni-la por meio de ações como o controle de visitantes e a correta higienização das instalações e de medidas de biossegurança - controle de origem, correta identificação e teste de animais novos a serem integrados no rebanho - são de fundamental importância na erradicação deste problema", completa Cleocy.

Com o objetivo de apoiar o produtor, a Zoetis lança em 2020 seus primeiros testes de diagnóstico de tuberculose bovina - Bovituber PPD e Avituber PPD. Realizados em duas etapas, de triagem e confirmatória, devem ser acompanhados por um médico-veterinário habilitado para tal.

Causada por Mycobacterium bovis, a doença pode provocar lesões nos pulmões, no fígado, baço e carcaça de bovinos e búfalos. "O que é importante ressaltar é que nem sempre as alterações ocasionadas pela tuberculose são perceptíveis aos produtores, dependendo da fase em que a infecção se encontra. Por isso, é imprescindível que seja realizado teste diagnóstico em todos os animais do rebanho com certa periodicidade e também realizar o teste precocemente sempre que for adquirir animais de outras propriedades", recomenda o especialista.

Apoio ao PNCRBT

De acordo com o Programa Nacional e Erradicação da Brucelose e da Tuberculose Animal (PNCRBT) lançado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) em 2001, os produtores devem seguir um conjunto de estratégias para a erradicação destas doenças, dentre elas, controle de trânsito de animais, testes diagnósticos regulares, educação sanitária etc.

Ainda segundo o MAPA, hoje, o Brasil tem uma taxa de prevalência de tuberculose bovina que vai de 0,03% a 1,3%, sem contabilizar a Região Norte do País e alguns Estados do Centro-Oeste e do Nordeste, onde não há resultados de estudos recentes. Além disso, a tuberculose bovina encontra-se entre as doenças incluídas na lista da Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) e tem características como ampla difusão, importância econômica e ainda para a saúde pública.

"As exigências para exportação de produto animal são cada vez maiores e ter animais positivos para tuberculose é um grande problema ao produtor, que pode sofrer restrições por parte do mercado", alerta Cleocy.

Em humanos, a infecção resulta da ingestão ou da manipulação de leite contaminado ou no caso de trabalhadores rurais, inalando perdigotos de bovinos infectados. "Os processos de pasteurização e ultra pasteurização são suficientes para eliminar a bactéria presente no leite cru. Sendo assim, o consumo de leite pasteurizado e de seus derivados é o mais seguro e o recomendado para prevenir a doença nos homens", diz o zootecnista.

Com inf, Agrolink e assessorias | Foto: Reprodução.

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