Pela terceira vez, Beto Richa é alvo de denúncia na Operação Quadro Negro

  • 11/04/2019

O ex-governador Beto Richa foi denunciado pelo MP-PR (Ministério Público do Paraná) pelos crimes de corrupção passiva e concessão de vantagens não previstas em lei ou contrato, no âmbito das investigações da Operação Quadro Negro, que apura supostos desvios de verbas destinadas à construção e reformas de colégios estaduais.

Richa é apontado pelo Ministério Público como "chefe da organização criminosa e principal beneficiado com o esquema de recebimento de propinas advindas das empresas privadas responsáveis pela execução das obras nas escolas públicas estaduais".

A denúncia é assinada por promotores do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) e do Gepatria (Grupo Especializado na Proteção ao Patrimônio Público e no Combate à Improbidade Administrativa), unidades do MP-PR que atuaram diretamente nas investigações, nas esferas criminal e cível, respectivamente.

Essa é a terceira denúncia criminal ajuizada pelo Gaeco contra o ex-governador por fatos investigados na Quadro Negro. Segundo o Ministério Público, a primeira denúncia trata dos crimes de organização criminosa, corrupção, fraude a licitação e lavagem de dinheiro.

Além de Richa, outras cinco pessoas foram alvo desta denúncia: o ex-secretário estadual de Cerimonial e Relações Internacionais, Ezequias Moreira Rodrigues; o ex-diretor da Secretaria Estadual de Educação, Maurício Fanini; o primo de Richa, Luiz Abi Antoun; e os empresários Jorge Theodócio Atherino e Eduardo Lopes de Souza.

A segunda denúncia contra Beto Richa sustenta a prática do crime de obstrução à Justiça. Também são alvos da ação a primeira-dama e ex-secretária estadual da Família e Desenvolvimento Social, Fernanda Richa; o advogado e ex-procurador-geral do Estado, Sérgio Botto de Lacerda; e os empresários João Gilberto Cominese Freire e Rafael de Sarandy Wawryniuk, além de Maurício Fanini e Jorge Theodócio Atherino, também citados na primeira denúncia.

PRISÕES

Beto Richa foi preso pela terceira vez no último dia 19 de março, por obstrução de justiça nas investigações da Operação Quadro Negro. O ex-governador foi solto no dia 4 deste mês, por força de um habeas corpus concedido pela 2ª Câmara Criminal do TJ-PR (Tribunal de Justiça do Paraná).

Ele já havia sido preso em outras duas oportunidades, em setembro de 2018, durante a Operação Rádio Patrulha, e em janeiro deste ano, na 58ª fase da Operação Lava Jato.

Redação Catve.com

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