“Venda milho, segure soja”, diz especialista

  • 21/03/2019

Segundo apurou a pesquisa diária do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), os preços da soja no mercado físico brasileiro fecharam a quarta-feira (20.03) com preços médios sofrendo sua terceira queda consecutiva no Brasil. Os preços sobre rodas nos portos recuaram 0,54%, para R$ 77,39/saca.

No interior o recuo foi de 0,75%, para R$ 72,35/saca. Com isto os ganhos da soja em março para exportação foi reduzido a 0,04% e no interior para o território negativo de 0,15%, de acordo com Luiz Fernando Pacheco, analista da T&F Consultoria Agroeconômica.

“A continuada indefinição das conversas entre Estados Unidos e China está mantendo Chicago pressionado. Nesta quarta-feira o que puxou a sua leve alta foi o aumento da demanda de carne suína pelos chineses, cujo plantel está sendo eliminado em grande parte, devido à febre suína, que, por sua vez, aumentou a demanda de farelo de soja no mercado interno americano e, como consequência a demanda de soja. Isto fez as cotações de Chicago subirem 0,22%, mas que foram fartamente compensadas pela queda de 0,61% do dólar no Brasil”, explica Pacheco.

“A estratégia é simples: nossa recomendação é vender milho no primeiro semestre e segurar a soja para vender no segundo semestre. O milho tem alguma possibilidade de queda no segundo semestre, devido a forte probabilidade de a safra ser maior e os estoques finais maiores. A soja tem perspectiva de alta no segundo semestre, porque as negociações entre China-EUA estão se arrastando, com a reunião dos presidentes agora marcada para junho”, justifica o analista da T&F.

Agrolink

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