Assembleia começa a votar reforma do governo Ratinho Jr
- 18/02/2019
A Assembleia Legislativa começa a
votar, nesta semana, a proposta de reforma administrativa do governo Ratinho
Júnior. O projeto, que oficializa a redução do número de secretarias de 28 para
15, e prevê o corte de 313 cargos, será avaliada amanhã pela Comissão de
Constituição e Justiça (CCJ) da Casa. A estimativa do Executivo é que ela vai
garantir uma economia de R$ 10,5 milhões ao ano.
Segundo o governo, o projeto
representa a primeira etapa do processo de enxugamento da máquina pública do
Estado. O Executivo O governo prepara mais dois projetos de lei que tratarão da
junção de autarquias e da redução da estrutura física da administração. Somadas
as três etapas, o governo espera alcançar uma economia de R$ 30 milhões ao ano.
O projeto foi elabora por uma
equipe técnica do governo e contou com a consultoria da Fundação Dom Cabral.
Para chegar ao texto final foi preciso rever a legislação estadual, alterando
artigos e extinguindo leis, algumas com mais de 50 anos. Também foi necessário
reorganizar a ordenação de despesas e redistribuir orçamentos. O texto
encaminhado à Assembleia define a competência de cada pasta da administração
direta, a vinculação dos órgãos da administração indireta e a distribuição dos
servidores efetivos de carreira com a fusão das secretarias. Os remanejamentos
e transformações de estrutura organizacional interna dos órgãos e entidades
serão efetivados por decreto do governador após a aprovação do projeto de lei.
O líder do governo no
Legislativo, deputado Hussein Bakri (PSD), acredita que a votação do projeto em
plenário aconteça no início de março. Ao contrário do que ocorria na
administração do ex-governador Beto Richa (PSDB), o Executivo não pediu regime
de urgância para acelerar a tramitação da matéria. Segundo Bakri, a intenção
foi dar tempo para os deputados debaterem a matéria. De acordo com o presidente
da Assembleia, deputado Ademar Traiano (PSDB), depois de tramitar na CCJ e
demais comissões permanentes, a matéria será imediatamente discutida e votada
pelo Plenário da Casa.
Entre as mudanças previstas está
também a criação da figura das superintendências gerais, que vão integrar a
Governadoria como um de seus órgãos auxiliares. Caberá às superintendências
gerais, o planejamento, coordenação e execução de atividades que o governo
defina como prioritárias, compatibilizadas com as diretrizes gerais de gestão.
O governador poderá nomear, por
decreto, até o limite de 12 superintendentes gerais para coordenar essas ações
do Executivo consideradas de relevante interesse para o Estado. Além das
superintendências gerais, a Governadoria será constituída dos seguintes órgãos:
Gabinete do Governador, Casa Civil, Casa Militar, Controladoria-Geral do
Estado, Procuradoria-Geral do Estado, Coordenadoria Estadual da Defesa Civil,
Secretaria de Comunicação Social e Cultura e a Secretaria do Planejamento.
Também ficarão vinculadas à Governadoria, como unidades de consulta, a Copel, a
Sanepar, a Agência de Fomento Paraná, a Agência Paraná de Desenvolvimento, a
Agepar (Agência Reguladora de Serviços de Infraestrutura) e a representação
paranaense no BRDE (Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo-Sul).
Teste – A votação será o primeiro teste da base do novo governo no Legislativo. E ocorre em um momento de instabilidade interna na Assembleia, provocada pela disputa por cargos de direção da Casa. Na semana passada, o deputado Plauto Miró Guimarães (DEM), que deixou a primeira-secretaria após oito anos, afirmou ter feito cópia de todos os documentos que tramitaram na Assembleia no período “por precaução”. As declarações foram interpretadas como uma ameaça velada de Plauto aos colegas, o que levou o deputado Delegado Jacovós (PR) a cobrar explicações do parlamentar na tribuna do plenário, afirmando que ele não poderia guardar documentos oficiais públicos “para pressionar ninguém”.
Bem Paraná
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