IBGE diz que RS será responsável por 69,3% da produção nacional de arroz em 2024
- 14/06/2024
O Rio Grande do Sul será responsável por 69,3% da produção
de arroz nacional em 2024. Os dados são do Levantamento Sistemático da Produção
Agrícola de abril, divulgado nesta quinta-feira (13) pelo Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo o relatório, a produção nacional do
cereal em 2024 será de 10,5 milhões de toneladas, dos quais 7,3 milhões de
toneladas produzidos em solo gaúcho (aumento de 2,6% no estado em relação a
2023).
“As condições climáticas não favoreceram o cultivo,
apresentando queda na produtividade por conta do excesso de chuvas nos
primeiros meses de implantação da cultura, assim como um maior período de
nebulosidade, comprometendo diretamente o desempenho da cultura a campo”, disse
o IBGE em nota.
Dessa forma, haverá declínio de 4,3% na produtividade,
apesar de um aumento de 7,1% na área colhida. “Importa ressaltar que, em função
dos recentes aumentos de preços do cereal, na safra 2024 houve aumento das
áreas de plantio, o que não acontecia há alguns anos, em função de muitos
rizicultores estarem alternando as áreas de várzea com o plantio de milho e de
soja, culturas até então mais rentáveis”, destacou ainda o IBGE.
As preocupações no momento são com as fortes chuvas que
acometeram o estado no fim de abril. Em relação ao relatório anterior, a
estimativa da produção está apresentando um declínio de 1,6%, com a área
colhida e o rendimento médio tendo caído 0,9% e 0,7%, respectivamente.
Segundo o gerente da pesquisa do IBGE, Carlos Alfredo
Guedes, mais perdas em culturas no Rio Grande do Sul ainda devem ser calculadas
nos próximos relatórios visto que, em virtude da obstrução nas estradas, não
foi possível fazer o levantamento em todos os municípios atingidos.
Uma das principais preocupações era o arroz gaúcho, mas o
técnico não vê falta do produto nos próximos meses, considerando a entrada da
nova safra no momento. O que está acontecendo, no entanto, é uma perda da
qualidade do grão em áreas em que ainda não haviam sido colhidas. “A qualidade
do arroz que não tinha sido colhido está pior, mas ainda não conseguimos
estimar com precisão”, disse.
Canal Rural | Foto: Freepik
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