Boi: semana mostrou oferta favorável e frigoríficos ampliando escalas de abates
- 27/05/2024
O mercado físico do boi gordo registrou cotações
pressionadas no decorrer da semana. Segundo o analista de Safras & Mercado
Fernando Iglesias, a condição climática ainda é preponderante para justificar
toda essa movimentação.
As chuvas continuam esparsas no Centro-Oeste, Sudeste e
parte da região Norte, ou seja, a pastagem segue perdendo qualidade, aumentando
a oferta de boiadas. Ele acrescenta que esse tipo de movimento é bastante usual
no decorrer do segundo trimestre.
“Os frigoríficos não têm encontrado dificuldades para compor
suas escalas de abate, que, em diversos casos, superam 10 dias úteis”, comenta.
Os preços da arroba do boi gordo na modalidade a prazo nas
principais praças de comercialização do país estavam assim no dia 23 de maio:
São Paulo (Capital): R$ 220,00, queda de 2,22% frente aos R$
225 da semana passada
Goiás (Goiânia): R$ 197, recuo de 3,90% ante os R$ 205 da
semana anterior
Minas Gerais (Uberaba): R$ 215, estável
Mato Grosso do Sul (Dourados): R$ 215, baixa de 1,38% frente
ao fechamento da última semana, de R$ 218
Mato Grosso (Cuiabá): R$ 215, retração de 2,27% frente à
última semana, de R$ 220
Rondônia (Vilhena): R$ 187, baixa de 0,53% frente aos R$
188,00 registrados na semana passada
Boi no atacado
O mercado atacadista apresentou fracos ao longo da semana. O
quarto traseiro do boi caiu 5,03%, passando de R$ 17,90 por quilo para R$ 17,00
por quilo. O quarto dianteiro do boi teve retração de 5,11%, passando de R$
13,70 para R$ 13,00.
De acordo com Iglesias, as quedas nas cotações decorrem do
consumo menos aquecido na segunda quinzena do mês, somado ao elevado volume de
carne estocado pelas indústrias. O ambiente de negócios volta a sugerir pela
continuidade deste movimento no curto prazo.
Exportações de carne
ponto positivo do mercado bovino neste momento é que as
exportações permanecem agressivas, “com volumes impressionantes”, salienta
Iglesias.
As exportações de carne bovina fresca, congelada ou
refrigerada do Brasil renderam US$ 583,239 milhões em maio (12 dias úteis), com
média diária de US$ 48,603 milhões.
A quantidade total exportada pelo país chegou a 128,332 mil
toneladas, com média diária de 10,694 mil toneladas. O preço médio da tonelada
ficou em US$ 4.544,80.
Alta de embarques
Em relação a maio de 2023, houve alta de 24,6% no valor
médio diário da exportação, ganho de 39,7% na quantidade média diária exportada
e desvalorização de 10,8% no preço médio.
Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio
Exterior (Secex).
Canal Rural | Foto: Freepik
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