Itaipu consolida patamar histórico com quarta maior produção anual
- 01/01/2019
Foi por pouco, mas a usina de
Itaipu garantiu em 2018 a quarta melhor produção anual de sua história. No ano
passado, foram gerados 96.585.596 MWh, montante 0,21% acima da produção de
2017, que foi de 96.387.357 MWh. Com a nova marca, todas as cinco maiores
gerações anuais da Itaipu aconteceram em anos recentes (em ordem crescente:
2017, 2018, 2012, 2013, 2016), o que comprova um aumento da eficiência da área
técnica da empresa.
De acordo com o diretor técnico
executivo, Mauro Corbellini, a elevada produção de energia em 2018, e dos anos
recentes, é explicada pela eficiência operativa da usina. "Foi um ano
especialmente desafiador, porque oscilou entre períodos de alta produção com
períodos de afluência abaixo da média e restrições de demanda. Mesmo assim,
fechamos com a quarta maior produção", diz.
Em 2018, o Fator de Capacidade
Operativa (FCO), um índice que mede o quanto a utilização do recurso hídrico
foi bem sucedida, foi de 99,3%, o segundo melhor da história. Nos últimos cinco
anos, esta média está em 98,6%. "Para 2019, nossa equipe continuará se
dedicando, trabalhando com comprometimento para este setor que é tão
estratégico às sociedades brasileiras e paraguaias", conclui.
Para o diretor-geral brasileiro
Marcos Stamm, essa e outras marcas de Itaipu mostram o compromisso da empresa
que, mesmo num ano de dificuldade hidrológica, se supera para garantir o
desenvolvimento regional do Brasil e do Paraguai. "É um trabalho constante
que requer o comprometimento de brasileiros e paraguaios na gestão operacional
e estratégica da usina", afirma.
A energia gerada em 2018 pela
usina poderia abastecer todo o planeta por um dia e 13 horas, o Brasil por 2
meses e 14 dias, o estado de São Paulo por oito meses e 28 dias ou uma cidade
do porte de Curitiba por 21 anos, cinco meses e dez dias.
Também entram nesse cômputo
outros recordes, como a superação de um milhão de visitantes (o melhor
desempenho desde 1977, quando a usina abriu as portas para a visitação). Com
isso, Itaipu se consolida como o segundo destino turístico mais visitado da
região, atrás apenas das Cataratas.
"É uma retrospectiva de bons
resultados", ressalta Stamm. "Foi um ano em que iniciamos vários
projetos importantes e colocamos em prática desafios que vão ajudar a elevar
Itaipu a outro patamar, tanto no seu próprio negócio, o de geração, como para
ajudar Brasil e Paraguai em obras estruturantes para a toda a América
Latina". As pontes, completa, são exemplo disso.
As duas pontes
Os presidentes do Brasil, Michel
Temer, e do Paraguai, Mario Abdo Benítez, assinaram em Itaipu, no dia 17 de
dezembro, um compromisso de construção de duas novas pontes entre os dois
países. Uma delas ligará Foz do Iguaçu a Presidente Franco, na região da
tríplice fronteira, para o tráfego de caminhões entre o Brasil e o Paraguai. A
outra ponte é a que unirá Porto Murtinho, no Mato Grosso do Sul, a Carmelo
Peralta, no Paraguai. Ambas serão bancadas com recursos da binacional a um
custo total de US$ 270 milhões (R$ 1 bilhão), mas isso não deve onerar o custo
da energia comercializada pela hidrelétrica.
Ações ampliadas
O ano de 2018 da Itaipu também
foi marcado pelo aumento da área de atuação dos 29 municípios da Bacia do
Paraná 3 para todos os 54 municípios do Oeste do Paraná, onde vivem cerca de
1,5 milhão de pessoas. No triênio 2018-2020, a usina vai investir mais de R$
300 milhões na região.
Entre os 56 convênios firmados,
estão investimentos em infraestrutura rural e urbana, ações de conservação de
solos e recuperação de microbacias hidrográficas, educação ambiental, lazer e recuperação da malha
asfáltica, com foco principalmente no atendimento dos produtores rurais.
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