Núcleo de organização criminosa é família de Toledo (vídeo)
- 20/02/2024
A Promotora de Justiça Juliana Vanessa Stofela da Costa,
falou sobre Operação Pôr do Sol desencadeada em Cascavel, Toledo, Medianeira,
no Paraná e e Várzea Grande no Mato Grosso.
Foram expedidos 43 mandados de busca e apreensão e oito
mandados de prisão preventiva. Dos de prisão foram cumpridos sete, sendo que um
empresário ainda está foragido.
Dentre as ordens judiciais estavam duas contra policiais
militares suspeitos de corrupção para proteção dos interesses no grupo. Eles
foram localizados e encaminhados ao 29° Batalhão de Polícia Militar em
Curitiba.
Segundo o MPPR, os policiais eram de Toledo, um deles lotado
no BPFron (Batalhão de Polícia Militar de Fronteira) e o outro em Toledo mesmo.
As investigações tiveram início em 2022, pelo Gaeco de
Cascavel, a partir do recebimento de informação de que o grupo teria
recepcionado uma carga de painéis solares roubados em Minas Gerais.
A organização disfarçava a origem dos valores obtidos com as
atividades ilícitas utilizando contas bancárias de pessoas físicas e jurídicas
para a realização de transferências fracionadas feitas sucessivamente até que
se chegasse à liderança da organização. De acordo com o apurado, a organização
teria movimentado mais de R$ 140 milhões, entre créditos e débitos, entre
janeiro de 2020 e agosto de 2023.
A promotora explica que ao longo das investigações foi
apurado como agia o grupo criminoso. Havia o tráfico de drogas de grande
quantidade de maconha para outros estados, sobretudo para o Rio de Janeiro.
Conforme informado, houve uma carga de um alvo que foi preso
em flagrante que está preso ela seria destinada a uma facção criminoso.
A promotora também informou que a base da organização
criminosa era em Toledo, no Oeste do Paraná. Juliana Vanessa Stofela da Costa
disse que empresários foram alvos, pois o grupo fazia lavagem de dinheiro
utilizando pessoas físicas e jurídicas de outros estados.
Segundo informado, os veículos utilizados na prática
criminosa eram deles, porém registrados em nomes de terceiros, além de outros
produtos de furto/roubo/clonados/placas adulteradas.
POLICIAIS
Conforme a promotora, os policiais surgiram mais no final
das investigações e teriam recebido veículos e dinheiro provenientes desse
grupo para que deixassem de realizar investigações para localizar cargas de
entorpecentes.
O transporte das drogas era feito por meio de caminhões
frigoríficos em meio a carga de carnes.
FAMÍLIA DE TOLEDO
Segundo informado, a organização era liderada por família de
Toledo e havia seis pessoas mais próximas à liderança que auxiliavam no
armazenamento, transporte, logística e batedores.
APREENSÕES
Documentos,
Sete veículos,
R$ 53 mil em dinheiro,
R$ 31 mil em cheques,
Aparelhos celulares e
Computadores.
O QUE DIZ A POLÍCIA MILITAR?
Em nota, a Polícia Militar afirmou que está cooperando com
as autoridades competentes que conduzem a investigação criminal do caso e
repudiou comportamentos contrários à lei, ordem e ética. Confira o comunicado
na íntegra logo abaixo.
"A Corregedoria-Geral da Polícia Militar do Paraná
cumpriu na manhã desta terça-feira (20) dois mandados de prisão contra
militares estaduais na cidade de Toledo, oriundos de investigação do GAECO.
A PMPR está cooperando com as autoridades competentes que
conduzem a investigação criminal do caso. A PMPR reitera seu compromisso
inabalável com a lei. a ordem e a ética, e repudia veementemente qualquer
comportamento contrário a esses princípios.
Ações ilegais cometidas por militares estaduais não refletem
os valores e o profissionalismo da corporação, que se dedica diuturnamente à
proteção e ao bem-estar da população paranaense, na preservação da ordem
pública e manutenção da paz social.
A instituição apurará com rigidez e transparência a conduta sob o prisma da administração militar, me ante instauração de processo administrativo, na forma da lei em vigor".
Com Inf/foto: Catve
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