Delegado dá voz de prisão a homem após sofrer injúria racial em Foz do Iguaçu
- 16/02/2024
Homem negro, o delegado da Polícia Civil em Foz do Iguaçu
Rodrigo Silva de Souza apurava uma denúncia de abuso infantil quando sofreu
ataques de injúria racial na terça-feira, 13. O acusado, de 50 anos, foi preso
em flagrante pelos crimes de injúria racial, desacato e ameaça.
Relatou a assessoria da 6.ª Subdivisão Policial (SDP) que o
delegado chegou ao local para a averiguação, sendo recebido com xingamentos. As
ofensas incluíram palavras de baixo calão contra o servidor público.
O policial foi chamado, primeiro, de “bandido” e
“vagabundo”, palavrões seguidos de ameaças. O acusado dizia que “tinha amigos
na polícia e que o delegado iria perder o cargo”, reportou a Polícia Civil em
Foz do Iguaçu.
“Além disso, o indiciado gritou que a vítima não tinha cara
de policial”, prosseguiu a instituição. Ele continuou “proferindo a seguinte
frase: ‘Olha sua cor e suas tatuagens, você não é polícia nada, você é
bandido’”.
Injúria racial
O homem foi preso em flagrante e conduzido à Cadeia Pública
Laudemir Neves. A criança de 5 anos de idade, atendimento para a qual a polícia
foi mobilizada, foi entregue ao Conselho Tutelar por encontrar-se em situação
de risco social, pontuou a 6.ª SDP.
Em setembro do ano passado, um homem foi preso também por
injuria racial contra o delegado Rodrigo Silva de Souza. Esse crime tem pena de
prisão e multa a quem ofender qualquer pessoa em razão de raça, cor, etnia ou
procedência nacional.
É crime
É dever do conjunto da sociedade coibir e eliminar práticas
racistas. Toda pessoa vítima desse crime deve denunciar o agressor para que as
providências e responsabilizações sejam adotadas.
Com Inf: H2Foz | Foto Luiz SilveiraAgência CNJ
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