Aeronave apreendida em Toledo estaria ligada a fraudes societárias
- 19/01/2024
A Operação Polímero II, realizada na manhã de quarta-feira,
17, liderada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate à Sonegação Fiscal e
Lavagem de Bens (Gaesf) do Ministério Público do Estado de Alagoas (MP-AL),
contou com ações coordenadas nos estados de Santa Catarina e Paraná. A ação
culminou na apreensão de uma aeronave, resultando do cumprimento de mandados de
busca, apreensão e sequestro de bens expedidos pela 17ª Vara Criminal de
Combate ao Crime Organizado de Maceió-AL.
As medidas cautelares foram executadas em colaboração com os
Ministérios Públicos, Polícias Militares e Secretarias de Estado da Fazenda e
Segurança Pública dos dois estados, assim como as Polícias Civil e Militar de
Alagoas.
A Operação é um desdobramento das investigações iniciadas em
novembro do ano passado, quando 23 membros de uma Organização Criminosa
(Orcrim) foram denunciados pelo Gaesf. Os crimes atribuídos à Orcrim incluem
fraudes societárias, falsidade ideológica, lavagem de bens e emissão de notas
fiscais inidôneas, que resultaram em um prejuízo de R$ 37 milhões aos cofres de
Alagoas e São Paulo.
Após o ajuizamento da ação penal derivada da Operação
Polímero, novos desdobramentos criminosos foram identificados, levando o
Ministério Público a requerer um novo bloqueio de R$ 27 milhões e o sequestro
de um jato executivo Raytheon Aircraf, modelo 400A, avaliado em R$ 11 milhões.
A aeronave foi apreendida no Aeroporto Municipal Luiz
Dalcanale Filho, em Toledo, e considerando sua apreensão, o Gaesf solicitou à
Justiça a cessão do avião para uso oficial da Secretaria de Segurança Pública e
da Secretaria de Saúde de Alagoas, visando atender às necessidades da população
carente.
A Orcrim, segundo o Gaesf, emitiu 1.644 notas fiscais
ideologicamente falsas, totalizando quase R$ 221 milhões em fraudes que
causaram significativo prejuízo ao Estado de Alagoas. O esquema envolveu a
criação de 16 empresas fictícias, uso de "laranjas" e simulação de
vendas, com notas fraudulentas distribuídas para 40 empresas paulistas. As
ações do Gaesf reforçam o compromisso com o combate à sonegação fiscal e
lavagem de bens, buscando preservar os interesses da sociedade e garantir a
justiça.
Com Inf: Toledo News | Foto: Divulgação - PMPR
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