Mãe biológica e o namorado fugiram levando a menina Ágata em Cascavel
- 12/01/2024
O Secretário de Assistência Social do Município, Hudson
Moreschi, falou sobre o caso da Ágata Sofia Saraiva, menina de três anos que
foi raptada no bairro Santa Cruz em Cascavel, no Oeste do Paraná. A criança
estava em acolhimento desde o nascimento e agora seria encaminhada para adoção
depois de passar pelo processo de destituição do poder familiar.
O caso aconteceu na quinta-feira (11) na rua Nhambiquaras no
bairro Santa Cruz. A vítima estava brincando na calçada, quando foi colocada
dentro de um carro.
O secretário Hudson, comentou que a menina está acolhida
desde o nascimento onde é acompanhada e monitorada. Ele comenta o motivo desse
acolhimento familiar.
"A família biológica não apresentava condições de estar
zelando, cuidando, dando carinho, amor e respeito à essa criança e a colocando
em risco. Por esse motivo então ela foi acolhida, protegida, na modalidade
acolhimento familiar e assim estava até ontem quando infelizmente tivemos esse
episódio, esse crime em que suspeita-se que foi a própria mãe biológica junto
com o namorado que cometeram esse crime", afirmou.
Com relação à família biológica, Hudson comentou que a mãe
tinha características de violação de direitos, mas não disse quais, pois há
sigilo no processo. Ele seguia para o processo de adoção.
Hudson Moreschi disse que assim que o crime foi relatado,
houve o registro de boletim de ocorrência e de imediato foram iniciadas as
buscas por quem teria cometido o crime. Foi neste momento que houve as
suspeitas com relação a mãe e o namorado dela.
"Posteriormente isso se efetiva quando se descobre que
o veículo suspeito é do pai do namorado da mãe biológica", afirmou.
Com relação à responsabilização da família acolhedora, o
secretário explica que ela não deve ser responsabilizada.
"De forma alguma essa família venha a ter cometido
qualquer crime de negligência, abandono, dessa criança que estava
acolhida".
Neste momento há pelo menos 200 crianças e adolescentes em
situação de acolhimento em Cascavel. Elas são levadas a essas casas quando
identificado uma violação de direito.
Nesse ambiente de proteção eles fazem trabalho técnico
através da Assistência Social e psicólogos, para buscar devolver esse menor à
família de origem, quando é possível identificar há segurança e garantia que
ela estará bem.
"Quando não há, é feito esse acompanhamento, esse
trabalho e aí é possível inclusive que nós tenhamos que junto ao judiciário
definir a destituição familiar. A destituição é quando não há condições da
família biológica garantir os direitos dessa criança e adolescente",
explicou
Após essa destituição, é iniciado um processo junto ao judiciário, um processo distinto, que é o de adoção.
"Era o caso da Agata que estava já no processo
destituição e seguiria para um processo de adoção visto que infelizmente não se
identificou condições técnicas de se garantir o direito dessa
criança/adolescente junto à mãe biológica"…
O secretário disse que foi registrado foi um crime de rapto,
pois a criança foi retirada sem autorização de um ambiente de acolhimento, de
proteção, definido pelo judiciário.
Já com relação ao endereço da família acolhedora de Agata,
ele explica que é possível que a família biológica tenha monitorado e
encontrado a localização.
NOTA SESPPRO
Sobre o provável rapto da menina Ágata Saraiva, ocorrido na
data de ontem (11), em conjunto com a Polícia Militar, a Guarda Municipal de
Cascavel, com base nas informações apuradas junto aos envolvidos, conclui que a
principal suspeita seria a própria mãe biológica da criança, que estaria
envolvida no fato, tendo em vista a sua destituição do poder pátrio pelo Poder
Judiciário.
O carro utilizado é de propriedade do pai do atual
companheiro de Emilly Saraiva (mãe biológica) e foi localizado na propriedade
do genitor. O veículo foi apreendido e conduzido à autoridade policial. Sabe-se
que o mesmo veículo teria sido utilizado por seu filho das 16h até às 20h,
quando foi devolvido ao pai.
Desse modo, por tratar-se de um procedimento investigatório em andamento e pela natureza dos fatos, ou seja, o envolvimento de uma criança, e por uma questão organizacional, as informações serão centralizadas junto à autoridade policial.
Catve
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