Tribunal Superior Eleitoral arquiva pedido do PT contra Bolsonaro
- 12/12/2018
Por unanimidade, os ministros do
TSE (Tribunal Superior Eleitoral) decidiram arquivar uma ação movida pelo PT
contra Jair Bolsonaro (PSL). O partido acusava o presidente eleito de ter se
beneficiado irregularmente da atitude de um empresário que pediu apoio de seus
funcionários à candidatura do capitão reformado.
A ação afirma que o empresário
Denisson Moura de Freitas, dono da Komeco, empresa que vende aparelhos de ar
condicionado, teria pedido aos funcionários que trabalhassem usando camisetas e
adesivos em apoio a Bolsonaro. A prática configuraria abuso de poder econômico.
O relator do processo, ministro
Jorge Mussi, corregedor do TSE, afirmou que a ação não reúne "provas
robustas" capazes de demonstrar a existência de grave abuso de poder
suficiente.
"Não configura prática
abusiva o engajamento de empresário na campanha de determinado candidato
mediante o encaminhamento de mensagem a seus funcionários, no qual se limita a
convidá-los a participar de ato de campanha, sem exteriorizar ameaças ou
retaliações aos que não aderirem à iniciativa", afirmou Mussi.
O MPE (Ministério Público
Eleitoral) já havia recomendado o arquivamento da ação movida pelo PT. Em seu
parecer, o MPE apontou não haver indícios de que de fato tenha ocorrido
distribuição de camisetas e adesivos de Bolsonaro aos funcionários da Komeco,
ou mesmo que a campanha do capitão reformado tivesse conhecimento da ação.
Outras ações Há outras ações
contra Bolsonaro em andamento na Corte, também ajuizadas pelo PT. Uma delas
investiga o uso do WhatsApp nas eleições com fundamento em outra reportagem da
Folha de S.Paulo, do dia 18 de outubro, em que se noticiou que empresários
impulsionaram disparos por WhatsApp contra o PT.
A mais recente foi ajuizada no
último domingo (9). O partido pede ao tribunal para investigar o suposto uso
irregular do WhatsApp para difundir informações durante a campanha eleitoral e
tem como base uma reportagem da Folha de S.Paulo, do último dia 2, que mostra
documentos apresentados à Justiça do Trabalho por um funcionário de uma empresa
que vendia disparos de mensagens em massa.
Folhapress
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