Professora de química virou técnica e foi parar na usina de Itaipu
- 17/10/2023
Inicialmente, a técnica em Química Roseli das Graças Padre,
da Divisão de Obras Civis, da usina de Itaipu, pensava em seguir na profissão
de professora universitária. Mas, com o tempo, mudou de ideia e partiu para a
área empresarial. Hoje, com 15 anos de trabalho na hidrelétrica, não tem do que
se arrepender. Pelo contrário.
Ela se formou em Química em 2004, na Universidade Estadual
de Maringá (UEM). Quatro anos depois, em agosto de 2008, ingressou na área
técnica de Itaipu. Desde 2016, atua no Laboratório de Tecnologia de Concreto.
A atividade dela é bem diversificada, com trabalho de campo
envolvendo coleta e ensaios de caracterização físico-químicas de amostras de
água, solo e concreto. Também acompanha inspeções visuais como parte do
monitoramento em segurança de barragens, o que permite que conheça locais bem
restritos da usina.
A maioria dos ensaios de caracterização físico-químicas é
realizada no Laboratório de Tecnologia de Concreto, solicitados internamente
pela área e como apoio a outros setores da usina, além de alguns atendimentos a
convênios externos da Itaipu. Roseli das Graças Padre também faz verificação de
equipamentos e exerce atividades diversas, como pedidos de compra, confecção de
relatórios e procedimentos de ensaio.
Antes de entrar para a Itaipu, trabalhou por dois anos como
professora de Química – os últimos 18 meses na Secretaria de Educação do
Paraná. Primeiro, em Paranavaí, depois em Matelândia, cidade vizinha a
Medianeira, onde nasceu, morou e estudou até o ensino médio.
Com 17 anos, foi para Maringá com as irmãs para tentar uma
vaga em curso universitário. Ficou um ano fazendo cursinho, estudando e
trabalhando e até tentou vestibular para outros cursos, como Farmácia. Aos 18
anos passou no vestibular para Química na Universidade Estadual de Maringá
(UEM) e morou naquela cidade, onde fez faculdade e mestrado, por oito anos.
Na Divisão onde trabalha, são sete mulheres: três
brasileiras e quatro paraguaias. Só ela tem formação em Química. Cinco colegas
desempenham a função de técnicas em Obras e uma é engenheira em Informática.
Ela conta que, aos poucos, “tem aumentado o número de mulheres no setor, mas a
maioria dos trabalhadores é do sexo masculino”.
A afinidade com a área de Química começou no ensino médio,
quando optou pelo curso de técnico em Alimentos, no antigo Cefet-Medianeira.
Como havia muitas matérias relacionadas à química, foi aprendendo a gostar da
área. Nas turmas em que estudou, a maioria eram mulheres.
Na Itaipu, ela diz nunca ter sofrido preconceito no
trabalho. “Gosto de trabalhar com os colegas do sexo masculino, nos
relacionamos bem, sempre me trataram com muito respeito”, garante. E finaliza:
“Acredito que a diversidade só tem a enriquecer o trabalho e aumenta o campo de
visão em relação às atividades do dia a dia. Na técnica, esta diversidade é
ainda maior por ter diferenças de gênero e de nacionalidade”.
Assessoria | Foto: Arquivo pessoal
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