Paranaense que mora em Israel diz que crianças choram de medo (vídeo)

  • 10/10/2023

A paranaense natural de Curitiba (PR) Sandra Warahftig, de 66 anos, descreveu a rotina de medo em meio à guerra em Israel, no Oriente Médio, desde o último sábado (6), após os ataques do grupo extremista Hamas.

Sandra Warahftig é enfermeira aposentada e vive em Or Yehuda, cidade a 13 quilômetros de Tel Aviv, há cerca de seis anos. Em entrevista ao Portal Catve.com nesta terça-feira (10), ela relatou os últimos acontecimentos da região.

"Hoje, eu fui ao supermercado de manhã porque eu não tinha mais o que comer em casa e estava entupido de gente. Uma coisa de maluco porque o Governo pediu pra gente se abastecer", diz.

Depois de comprar os alimentos, a curitibana viajou cerca de dez quilômetros até a casa onde mora o filho, nora e os seis netos, em Kfar Habad. "Eu fui visitar os meus netos porque eu morro de saudade deles [...]. Lá, tocou a sirene quatros vezes, e as crianças choram na hora em que toca a sirene, entram em desespero", comentou.

"Foi bom que eu estivesse lá porque eu pude ajudar um pouquinho. É uma rotina muito pesada, muito pesada, ainda mais com crianças", acrescentou. No momento, Sandra Warahftig afirma que, por conta dos familiares, não pretende voltar ao Brasil.

Vida de Sandra Warahftig Antes da Guerra

A paranaense mora sozinha em um apartamento e mantém amizade com brasileiros, principalmente curitibanos, que também residem em Israel. "A gente se encontra sai comer fora, em tempos normais, não em tempos de guerra", pontua.

"Eu ajudo a cuidar dos meus netos para a minha nora poder trabalhar. Então, algumas dias da semana eu dou almoço para crianças até a minha nora chegar do trabalho, porque o meu filho só chega às 18h em casa e a minha nora chega antes", diz.

Quarto de Guerra

Em vídeo enviado ao Portal Catve.com, Sandra Warahftig mostrou o quarto de guerra dentro da residência. Nas imagens, é possível ver uma porta de aço de espessura grossa.

Dentro do cômodo, existe uma cama, cadeira e escrivaninha, além de uma janela de proteção de material resistente com guia de instruções e um equipamento de ar-condicionado super potente.

"Para fechar aqui, em dia de guerra, a gente tira o vidro porque se uma bomba bate naquele aço da janela, o vidro pode espatifar e machucar a gente", finalizou.


Com Inf/foto: Redação Catve.com 

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