Gaeco apura possível participação de ex-prefeito de Nova Prata do Iguaçu em fraude a licitações
- 13/09/2023
O Ministério Público do Paraná, por meio do Núcleo de
Francisco Beltrão do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime
Organizado), deflagrou nesta quarta-feira (13), a Operação Paraguaçu, que apura
a possível prática dos crimes de associação criminosa, fraude a licitações,
falsidade ideológica, peculato e lavagem de dinheiro, relacionados a licitações
da Prefeitura de Nova Prata do Iguaçu, no Sudoeste do Paraná.
Foram cumpridos, com apoio do Instituto de Criminalística,
36 mandados de busca e apreensão e 20 de busca pessoal, além de duas medidas
cautelares diversas da prisão (afastamento das funções e proibição de contato
com testemunhas). As ordens judiciais, expedidas pela Vara Criminal de
Francisco Beltrão, foram cumpridas em Nova Prata do Iguaçu, Francisco Beltrão,
Realeza, Dois Vizinhos, Chopinzinho, Cascavel, Foz do Iguaçu, Guarapuava e
Curitiba.
ILÍCITOS
As investigações tiveram início em 2021 e demonstraram que o
ex-prefeito de Nova Prata do Iguaçu (gestão 2013-2016 e 2017-2020) teria
autorizado, no último mês de seu mandato, dispensa de licitação para o conserto
de uma máquina pesada pertencente ao Município, direcionando a contratação de
uma empresa de Chopinzinho.
Ficou comprovado que, apesar de o pagamento ter ocorrido
dias antes do final do seu mandato, o conserto da máquina jamais foi realizado.
A partir dessa situação, várias irregularidades e indícios de crimes foram constatados,
em especial outras fraudes em licitações de pavimentação asfáltica em Nova
Prata do Iguaçu.
Segundo apurado, os atos ilícitos seriam coordenados pelo
cunhado do ex-prefeito, que possui uma empresa de construção em seu nome e
outra em nome de um "laranja" - o esquema contaria com o auxílio de
funcionários do Município que atuavam no setor de licitações. O ex-vice
prefeito de Nova Prata do Iguaçu no mesmo período (2017-2020) e seus familiares
também são investigados, por possível envolvimento em contratos irregulares, no
ramo de combustível e de serviços médicos.
No cumprimento dos mandados, foram apreendidos diversos
documentos, aparelhos celulares e computadores, que serão periciados e
analisados no âmbito da Operação.
Com Inf/foto: Catve com MPPR
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