Polícia dos EUA captura brasileiro foragido
- 13/09/2023
A polícia dos Estados Unidos anunciou a captura de Danilo
Cavalcante, brasileiro que estava foragido e alvo de uma grande operação de
autoridades policiais do país desde que fugiu de uma penitenciária.
Danilo Cavalcante foi condenado a prisão perpétua pelo
assassinato da ex-namorada. Durante a semana, ele chegou a ser visto por alguns
moradores, que avisaram a polícia e relataram que o brasileiro estava armado.
No domingo, 10, a polícia informou que ele foi flagrado por
câmeras de monitoramento sem barba e usando uma van roubada para se locomover.
Ele foi avistado a mais de 32 quilômetros de distância antes de abandonar o
veículo no município de East Nantmeal.
As buscas por Danilo duraram 14 dias e tiveram início desde
que ele fugiu escalando o muro da penitenciária de Chester. "Aos
residentes da área são solicitados a trancar todas as portas e janelas,
proteger os veículos e permanecer em casa. Não se aproxime", publicou a
polícia no Twitter.
Nesse período, a recompensa pela captura dele aumentou para
US$ 25 mil, cerca de R$ 125 mil.
Crime e condenação
Segundo o jornal americano Daily Local, o crime ocorreu em
2021, na cidade de Phoenixville, no Estado da Pensilvânia. Na ocasião, o
brasileiro esfaqueou sua ex-namorada até a morte na frente dos filhos pequenos
dela. Depois, fugiu do local em um carro e foi preso no dia seguinte em
Virgínia, após receber ajuda de dois amigos que testemunharam no caso.
A irmã da vítima relatou que Danilo não aceitava o fim do
relacionamento e, desde de 2020, ano anterior ao crime, já ameaçava Débora. A
brasileira morava no país há 5 anos, com seus dois filhos, frutos de outro
casamento.
No dia 22 de agosto ocorreu o julgamento do brasileiro, que
durou cerca de 20 minutos. Na ocasião, o homem apenas apresentou um pequeno
pedido de desculpas. "Quero pedir desculpas a eles", disse Cavalcante
ao se referir aos filhos de Débora, e a irmã dela, Sarah Brandão.
Apesar disso, o juiz Patrick Carmody afirmou a ele que suas
ações desmentiam qualquer sentimento de remorso e que "se ele estivesse
realmente arrependido se confessaria culpado, poupando a irmã e a filha da
vítima de testemunharem".
"Para você fazer com que [a menina] revivesse o
assassinato de sua mãe foi uma decisão consciente sua. Foi uma decisão egoísta.
Você pensou em si mesmo e não pensou naquelas crianças", disse o
magistrado.
A condenação determinada pelo juiz considerou as evidências
apresentadas pela equipe de acusação da promotora distrital, o depoimento da
filha de Débora - testemunha ocular do crime -, além de relatos de vizinhos que
ajudaram a resgatar as crianças naquele dia.
Os defensores públicos que atuaram em sua defesa
reconheceram a culpa dele diante do júri, mas argumentaram que ele agiu no
"calor da paixão" e deveria ser considerado culpado por um crime de
menor grau. O júri rejeitou a sugestão.
Segundo Deborah Ryan, promotora do caso, toda a família da
vítima está sofrendo com a tragédia. Ela chamou as ações do brasileiro de
"frias, calculistas e hediondas" e disse: "Ele não apenas
assassinou Deborah Brandão brutalmente, mas também na frente dos dois filhos
dela".
Segundo a promotora, o homem queria a ex-namorada morta
porque ela havia ameaçado contar às autoridades que ele era procurado por
assassinato no Brasil. "Se a senhorita Brandão fosse à polícia, ele teria
sido denunciado. Ele fez isso para silenciá-la. Esta foi uma tragédia sem
sentido e comovente. Ele a massacrou até a morte", lamentou.
Catve com redação Terra.com
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