Chefes da organização criminosa estavam em Toledo
- 08/08/2023
As delegadas de Polícia da Denarc, Franciela Alberton, Ana
Cristina, os promotores de Justiça Tiago Vacari e Sandres Sponholz falaram sobe
a Operação Carga Fria desencadeada no Paraná, nesta terça-feira (8).
A operação investiga uma organização criminosa responsável
por distribuir drogas da região Oeste do Paraná para outras regiões do país,
como Minas Gerais, Rio de Janeiro e estados do Nordeste. O grupo tinha como
base de distribuição a cidade de Toledo, onde estavam dois líderes do tráfico,
e comprava de bens e imóveis de luxo, principalmente em Balneário Camboriú
(SC), para mascarar o dinheiro do tráfico. Um policial civil de São Paulo é
suspeito de integrar o grupo.
Foram cumpridos 45 mandados de busca e apreensão em Toledo,
Pato Bragado e Curitiba, no Paraná, em Balneário Camboriú, Camboriú e Içara, em
Santa Catarina, e em Jaboatão dos Guararapes, em Pernambuco.
Oito mandados de prisão preventiva foram cumpridos e dois
ainda estão em andamento, além de sete prisão em flagrante por porte ou posse
de arma. Ao todo foram apreendidas 10 armas entre elas uma metralhadora
utilizada pelo segurança "guarda-costas".
Foram presos preventivamente 10 investigados. Houve ainda o
sequestro de 20 veículos (carros e caminhões) e 8 imóveis. Também foram
bloqueadas 17 contas-correntes de investigados. Um policial civil de São Paulo
foi afastado das funções.
As investigações começaram em março deste ano quando duas
toneladas de maconha foram apreendidas no fundo falso de um caminhão
frigorífico. O entorpecente era carregado em uma chácara de Toledo.
A polícia descobriu que o transporte da droga era feito em
caminhões carregados com cargas frigorificadas, justamente para dificultar a
fiscalização policial já que o rompimento do lacre pode comprometer o produto
refrigerado.
O grupo criava empresas de fachada para fazer a lavagem de
dinheiro oriundo do tráfico. Uma delas uma imobiliária instalada em Balneário
Camboriú.
OSTENTAÇÃO
A polícia civil descobriu que os traficantes compravam
imóveis de luxo, terrenos e móveis. Uma empresa de transporte de Toledo também
era utilizada para lavagem de dinheiro. "Neste caso não transportavam a
droga, apenas usavam mesmo a empresa para lavar", informou a delegada.
"Em cinco anos tiveram uma guinada. Pessoas que antes
tinha vida simples, humilde, moravam em residências simples. Hoje viviam em
apartamentos de luxo, tendo uma vida incompatível com a rende lícita".
Catve
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