RS identifica novo tipo de cigarrinha do milho
- 04/08/2023
Pesquisadores especializados em entomologia da Central
Gaúcha das Cooperativas (CCGL) realizaram uma identificação crucial: a presença
da cigarrinha-africana em lavouras de milho no estado do Rio Grande do Sul.
Este inseto, categorizado como Leptodelphax maculigera, diferente
da já conhecida cigarrinha-do-milho, classificada como Dalbulus maidis.
A captura desse espécime ocorreu por meio de armadilhas de
monitoramento estrategicamente posicionadas na sede da entidade de pesquisa na
cidade de Cruz Alta.
A cigarrinha-africana é encontrada em diversas partes do
mundo, com registros notáveis na Europa e Ásia.
Nas Américas, sua presença havia sido documentada apenas no
Brasil, este ano, especificamente em Goiás.
Sua incidência afeta culturas como milho, braquiária, capim
elefante, a variedade BRS Capiaçu e feijão.
O entomologista Glauber Stürmer, que atua na CCGL, salientou
que as semelhanças entre os dois insetos são notáveis, dificultando a distinção
no campo.
A cigarrinha-africana, diferentemente da D. maidis,
apresenta menor tamanho e exibe uma mancha preta na região frontal da cabeça.
Stürmer acrescenta: “Este é mais um inseto que
potencialmente pode transmitir o complexo de molicutes, causadores dos
enfezamentos no milho, cuja identificação foi feita nesta semana”.
Até então, a cigarrinha do milho era reconhecida como a
única vetor dessas enfermidades no Brasil.
As estratégias de manejo e controle dos enfezamentos estavam
concentradas na erradicação desse inseto, que causa consideráveis prejuízos às
plantações de milho.
Ele se alimenta do milho, transmitindo doenças como
enfezamento pálido e enfezamento vermelho.
Essas patologias provocam danos significativos às plantas,
com possíveis consequências irreversíveis, afetando a absorção de nutrientes e
resultando em plantas menores, espigas malformadas, de tamanho reduzido e com
falhas.
Com Inf/foto: Canal Rural
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