Carga de energia elétrica deve crescer 3,5% no Brasil em 2023
- 03/08/2023
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a Câmara de
Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e a Empresa de Pesquisa Energética
(EPE) projetam um crescimento de 3,5% na carga de energia elétrica do Brasil em
2023, de acordo com a 2ª Revisão Quadrimestral das Previsões para o
Planejamento Anual da Operação Energética 2023-2027. Apesar da revisão positiva
do PIB para esse ano, o cenário de desaceleração da economia mundial e da
demanda interna limita uma expansão mais significativa da atividade econômica.
No médio prazo, há uma expectativa de convergência para um
ambiente mais estável e confiável, o que justifica a manutenção das previsões
de crescimento do PIB em 2,3% em 2026 e 2,5% em 2027. Esse cenário de menor
incerteza é especialmente benéfico para os setores de infraestrutura. Como
resultado, estima-se um crescimento médio anual de 3,3% na carga de energia
elétrica durante o período entre 2023 e 2027, chegando a 84.980 MW médios ao
final desse ciclo.
A parcela de micro e minigeração distribuída na carga
prevista para 2023 é de 3.658 MW médios, e para o período de 2024 a 2027, é de
3.786 MW médios. Essa geração será considerada tanto na carga quanto na oferta,
resultando em um efeito líquido nulo. É importante destacar que esse cálculo
reflete apenas a capacidade instalada de micro e minigeração distribuída até
junho de 2023. A expansão adicional será incorporada na carga somente a partir
de janeiro de 2024.
De acordo com a 2ª Revisão Quadrimestral para o Planejamento
2023-2027, as projeções apontam para diferentes crescimentos médios anuais da
carga nos submercados brasileiros. No Norte, espera-se um crescimento de 11,5%
em 2023, seguido por 6,0%, 3,5%, 5,8% e 2,8% nos anos de 2024, 2025, 2026 e
2027, respectivamente, resultando em uma média de 4,5% para o período. Já no
Nordeste, as taxas de crescimento são estimadas em 4,8%, 3,9%, 3,5%, 4,0% e
3,7% para os mesmos anos, com uma média de 3,8%.
Enquanto isso, no Sudeste/Centro-Oeste, os crescimentos
previstos são de 2,4%, 2,5%, 3,2%, 3,0% e 3,1%, alcançando uma média de 2,9%.
Por sua vez, no Sul, as projeções indicam taxas de crescimento de 2,0%, 2,7%,
3,3%, 3,3% e 3,5%, resultando em uma média de 3,2%. Para o Sistema Interligado
Nacional, a previsão é de um crescimento médio anual de 3,5%, 3,1%, 3,3%, 3,5%
e 3,2% para o mesmo período.
Com Inf: Agro Link | Foto: Pixabay
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