Boi gordo: estoques elevados afetam preços
- 24/07/2023
Durante a última semana, o mercado físico de boi gordo
continuou apresentando queda nos preços, devido à situação delicada da carne
bovina.
A demanda estava lenta, e muitas indústrias enfrentavam o
desafio de lidar com estoques elevados, conforme destacado pelo analista de
Safras & Mercado, Fernando Iglesias.
A dificuldade no mercado doméstico pode ser atribuída, em
parte, à carne de frango, que segue com excesso de oferta, resultando em uma
intensa queda nos preços tanto no atacado como no varejo.
A condição tem tornado a carne de frango altamente
competitiva em comparação com a carne bovina.
Mesmo com escalas pouco confortáveis em diversas regiões do
país, com uma média de quatro dias úteis, os fatores de demanda impedem
qualquer possibilidade de alta nos preços.
Queda nos preços da arroba do boi gordo
Em São Paulo, a referência para a arroba do boi a prazo foi
de R$ 245, uma queda de 2% em relação à semana anterior.
Em Dourados (MS), a arroba recuou 2,08%, passando de R$ 240
para R$ 235 na modalidade a prazo.
Em Cuiabá (MT), a arroba retrocedeu 0,90%, de R$ 222 para R$
220.
Já em Uberaba (MG), o preço a prazo foi cotado a R$ 240 por
arroba, apresentando uma baixa de 4% em relação aos R$ 250 da última semana.
Em Goiânia (GO), a indicação foi de R$ 225, com uma queda de
4,26% em comparação aos R$ 235 da semana passada.
Como foi a semana no mercado atacadista?
O mercado atacadista também registrou queda nos preços ao
longo da semana.
O cenário aponta para a continuidade dessa tendência, uma
vez que a reposição entre atacado e varejo apresenta-se mais lenta na segunda
quinzena do mês.
A situação é agravada pela sobreoferta de carne de frango,
que tem desestabilizado as proteínas concorrentes, principalmente a carne
bovina.
O quarto do traseiro foi precificado a R$ 18,00 por quilo,
uma redução de 3,23% em relação aos R$ 18,60 da semana passada.
Enquanto o quarto do dianteiro teve o preço precificado a R$
14,00 por quilo, representando uma baixa de 2,78% frente aos R$ 14,40
registrados na semana anterior.
Exportação
Quanto às exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil, foram registrados US$ 370,242 milhões em julho (10 dias úteis), com média diária de US$ 37,024 milhões.
A quantidade total exportada chegou a 76,269 mil toneladas,
com média diária de 7,662 mil toneladas.
O preço médio da tonelada ficou em US$ 4.831,60.
Comparando com julho de 2022, houve uma queda de 29% no
valor médio diário das exportações, uma perda de 3,7% na quantidade média
diária exportada e uma desvalorização de 26,2% no preço médio.
Com Inf/foto: Canal Rural
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