Paraná registra sete casos confirmados de gripe aviária
- 10/07/2023
Na semana passada, dois novos casos de Influenza Aviária de Alta
Patogenicidade (IAAP) foram confirmados no município de Guaraqueçaba, no
Litoral do Paraná, ambos em aves silvestres, da espécie Trinta-réis-de-bando
(Thalesseus maximus). Um deles foi confirmado na última sexta-feira (07) e o
outro na quarta (05).
O Paraná apresenta até o momento sete focos da doença, todos
em aves silvestres no Litoral do Estado. As medidas de vigilância em
propriedades em torno dos focos estão em andamento, informa a Agência de Defesa
Agropecuária do Paraná (Adapar).
Os demais casos foram registrados nas cidades de Pontal do
Paraná (03), sendo dois em aves da espécie Trinta-réis-de-bando (Thalesseus
maximus) e um na Trinta-réis-real (Thalesseus maximus); em Antonina (01) e em
Paranaguá (01), ambos em aves da espécie Trinta-réis-real (Thalesseus maximus).
As amostras são enviadas para o Laboratório Federal de
Defesa Agropecuária de São Paulo (LFDA/SP), reconhecido pela Organização
Mundial de Saúde Animal (OMSA) como
referência internacional em diagnóstico de Influenza Aviária.
A infecção pelo vírus em aves silvestres não altera o status
sanitário do Paraná e do Brasil como livre de Influenza Aviária de Alta
Patogenicidade (IAAP). Assim, não há impacto no comércio internacional de produtos
avícolas. Também não há risco no ingestão de carne e ovos, pois a doença não é
transmitida por meio do consumo.
A Adapar atende 100% das notificações de suspeita. Quando
verificado um caso provável, é feita a coleta de amostra para diagnóstico
laboratorial, isolamento de animais, interdição da unidade epidemiológica
(propriedade), verificação do trânsito e investigação de possíveis vínculos.
A Agência também promoveu, recentemente, a capacitação e o
treinamento de profissionais em todas as Unidades Regionais do Estado, e conta
com médicos veterinários com dedicação exclusiva e capacidade técnica elevada
na área para atendimento das questões sanitárias.
No final de junho, por meio de uma portaria, a Adapar
suspendeu por 90 dias o trânsito de aves do Litoral para mitigar a disseminação
da doença.
O QUE FAZER – A primeira linha de defesa contra a influenza
aviária é a detecção precoce e a notificação oportuna de suspeita da doença
para permitir uma resposta rápida, a fim de evitar a disseminação. Os
produtores e a população precisam ficar atentos aos sinais que as aves
infectadas pelo vírus da gripe aviária apresentam.
Pelo risco de contágio, não se deve manipular aves
silvestres mortas ou com sinais clínicos da doença. Todas as suspeitas de
Influenza Aviária, que incluem sinais respiratórios, neurológicos ou
mortalidade alta e súbita em aves, devem ser notificadas imediatamente à
Adapar, pessoalmente nas unidades, pelo telefone 3313-4013 ou por meio da
plataforma e-Sisbravet. A notificação possibilita ação rápida dos fiscais de
Defesa Agropecuária. Confira aqui o material de apoio sobre a doença.
CUIDADOS – Os donos de aviários devem reforçar os cuidados
com o fechamento de todas as frestas para evitar que qualquer outro animal,
incluindo as aves silvestres, possa ter contato com as aves comerciais. Também
é importante não deixar ninguém estranho à produção chegar perto das aves e que
aqueles que precisam desse contato utilizem roupas e sapatos específicos para a
atividade. As regras aplicam-se também a produtores de ovos. É fundamental
sempre lavar as mãos e trocar roupas e sapatos antes de acessar as granjas.
DOENÇA – A Influenza Aviária (IA) é uma doença viral
altamente contagiosa que afeta aves domésticas e silvestres, muitas vezes
resultando em graves consequências para a saúde animal, para a economia e para
o meio ambiente.
A Influenza Aviária de alta patogenicidade é caracterizada
principalmente pela alta mortalidade de aves que pode ser acompanhada por
sinais clínicos nervosos, digestórios e/ou respiratórios, tais como andar
cambaleante; torcicolo; dificuldade respiratória e diarreia.
Com Inf: AEN | Foto: Adapar
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