Itaipu Binacional e Embrapa pedem apoio da comunidade para desenvolver pesquisa em água e solo
- 07/07/2023
Pesquisadores pedem apoio aos produtores rurais para ter
acesso a áreas particulares em municípios do Mato Grosso do Sul para coletar
amostras de solo. Abra a porteira para a ciência!
Conhecer o solo e o seu comportamento é essencial para
adotar uma agricultura sustentável, livre de erosão, garantindo a conservação
do meio ambiente. É essencial também para a produção de energia elétrica:
afinal, as águas dos reservatórios dependem do cuidado com toda a área das
bacias contribuintes.
Nesse sentido, a Itaipu Binacional e a Embrapa fizeram uma
parceria, dentro do Programa AISA (Ação Integrada de Solo e Água), para
realizar estudos dos solos das bacias dos rios Iguatemi, Amambai e Ivinhema, no
Mato Grosso do Sul.
A ideia do projeto é estudar os solos e o seu comportamento
para que seja possível melhorar o cálculo do volume de água que chega no
reservatório da Itaipu após a ocorrência de uma chuva. Com esse conhecimento
pode-se tomar medidas preventivas, trazendo vantagens para a Itaipu e para toda
a sociedade que depende do manejo e da conservação do solo e da água.
As equipes estão preparadas, mas precisam de uma ajuda
importante dos produtores rurais da região para desenvolver os estudos. “Os
pesquisadores, devidamente identificados, irão acessar as fazendas”, explica
Hudson Lissoni Leonardo, da Divisão de Apoio Operacional da Itaipu Binacional.
“Contamos com o apoio dos proprietários para que facilitem o acesso”.
Abra a porteira
Para atingir os objetivos dos estudos, os pesquisadores necessitam
cavar trincheiras para observar e coletar amostras do solo. No entorno das
trincheiras serão realizadas avaliações de infiltração e condutividade de água
no solo, serviço que deve durar cerca de 6 horas. Ao final, as trincheiras
serão preenchidas novamente com o material retirado delas.
Em outras situações o trabalho é ainda mais rápido e
simples, consistindo apenas na coleta de amostras de solo com trados. O
produtor rural colabora com a ciência e a pesquisa, colhendo os frutos em
tecnologias, para tornar a propriedade mais produtiva e sustentável.
Programação
As atividades estão previstas para começarem no mês de
julho. Na primeira etapa, que vai até fevereiro de 2024, serão visitadas
propriedades nos municípios de Dourados, Itaporã, Douradina, Antônio João,
Maracaju, Sidrolândia, Nova Alvorada do Sul, Rio Brilhante, Deodápolis, Fátima
do Sul, Vicentina, Glória de Dourados, Caarapó, Laguna Carapã e Ponta Porã.
A segunda etapa acontece ao longo de 2024, quando as visitas
serão nas regiões de Aral Moreira, Amambai, Juti, Naviraí, Coronel Sapucaia,
Tacuru, Paranhos, Iguatemi, Eldorado, Japorã, Mundo Novo, Itaquiraí, Jateí,
Novo Horizonte do Sul, Ivinhema, Angélica, Taquarussu, Nova Andradina,
Batayporã e Sete Quedas.
Ação Integrada de Solo e Água (AISA)
Usar a ciência e a tecnologia a favor da conservação dos
solos e da água é o grande desafio do Programa AISA, uma parceria entre a
Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), a Itaipu Binacional, o
IDR-PR (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná) e a ESALQ/USP (Escola
Superior de Agricultura da Universidade de São Paulo).
Com 16 projetos de pesquisa e transferência de tecnologias e
um de gestão de informação, o Programa abrange 228 municípios do Paraná e do
Mato Grosso do Sul, na área de contribuição do reservatório de Itaipu,
aproximadamente a 160.000 km2, de grande importância nacional para a produção
de energia e agropecuária.
Pesquisas a campo
O chefe adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa
Agropecuária Oeste (Dourados/MS), Rafael Zanoni Fontes, explica que a região em
que a pesquisa a campo será realizada é drenada pelos rios Ivinhema, Amambai e
Iguatemi que contribuem com água e sedimentos para a bacia hidrográfica do rio
Paraná, que por sua vez, abastece o reservatório da Usina.
Além disso, Fontes destaca que os resultados deste estudo
são fundamentais para aumentar o índice de qualidade dos sistemas de produção
estaduais, para aprimorar o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC), além
de contribuir com o desafio de inovação de mitigação e prevenção da degradação
dos solos e da água pela adoção de sistemas conservacionista de produção
agrícolas, pecuários e florestais.
A Itaipu
Com 20 unidades geradoras e 14 mil MW de potência instalada,
a Itaipu Binacional é líder mundial na geração de energia limpa e renovável,
tendo produzido, desde 1984, 2,9 bilhões de MWh. Em 2022, foi responsável por
8,6% do suprimento de eletricidade do Brasil e 86,3% do Paraguai. A empresa tem
como missão “Gerar energia elétrica de qualidade com responsabilidade social e
ambiental, contribuindo com o desenvolvimento sustentável no Brasil e no
Paraguai.”
Assessoria
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