Brasileiro condenado por matar a mãe é preso e extraditado dos EUA

  • 06/07/2023

Um brasileiro, de 39 anos de idade, foi preso nos Estados Unidos, onde morava ilegalmente, e foi enviado de volta ao Brasil. Ele assassinou a própria mãe em 4 de maio de 2011, em Goiânia, Goiás, após ela recusar lhe passar a parte da residência onde moravam. Nos EUA, ele foi condenado à prisão e era procurado por homicídio e ocultação de cadáver.

Conforme relatado pelo Ministério Público de Goiás, o indivíduo tentou sufocar a mãe com as próprias mãos e a agrediu até a morte. Em seguida, envolveu o corpo em um lençol, colocou-o no porta-malas de seu veículo e o jogou no rio Meia Ponte, que atravessa a cidade de Goiânia. O corpo da mulher foi descoberto nas margens do rio. Em dezembro de 2018, ele foi condenado pela justiça brasileira a uma pena de 19 anos e 10 meses de prisão.

Em julho de 2021, o homem conseguiu entrar nos Estados Unidos, em Fort Lauderdale, na Flórida, mas violou as condições de sua admissão para passar pela segurança americana. A extradição do criminoso ocorreu em 23 de junho.

Em fevereiro deste ano, o órgão de imigração e alfândega dos Estados Unidos no Brasil notificou a equipe de Operações de Execução e Remoção (ERO), uma divisão do Departamento de Segurança Interna dos EUA, de que indivíduo estava no território americano como fugitivo. Após investigação, o homem foi preso sem incidentes em Quincy, no estado de Massachusetts, em 25 de abril. Uma ordem de extradição foi emitida por um juiz de imigração do Escritório Executivo de Revisão de Imigração (EOIR) do Departamento de Justiça dos EUA.

O juiz da 1ª Vara Criminal de Goiânia, Jesseir Coelho de Alcântara, determinou que o acusado fosse levado a julgamento pelo júri popular, por cometer homicídio triplamente qualificado por motivo torpe, uso de meio cruel e emprego de recurso que impossibilitou a defesa de sua própria mãe. Além do assassinato, ele foi condenado por ocultação de cadáver.

O Ministério Público de Goiás solicitou que o caso fosse tratado como homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e com agravante circunstancial, uma vez que a vítima era sua própria mãe. Por outro lado, a defesa argumentou que as provas apresentadas não eram suficientes para incriminá-lo e pediu que a acusação fosse considerada improcedente.

De acordo com o laudo do exame pericial, manchas de sangue encontradas no tapete do carro do acusado correspondiam ao seu próprio DNA e ao da sua mãe. Além disso, o criminoso, que morava com a vítima, não registrou o desaparecimento dela nem informou os familiares sobre seu paradeiro.

Segundo a irmã do criminoso e uma amiga da vítima, o homem se tornou violento após o divórcio de seus pais, principalmente devido à disputa pela herança da casa em que viviam. A namorada do criminoso também afirmou que, durante o velório de sua mãe, ele não demonstrou emoções, não chorou e permaneceu em silêncio.

Redação Terra

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