Paraná tem cinco focos de influenza aviária; Adapar monitora evolução dos casos
- 03/07/2023
Dois novos casos de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade
(IAAP) foram confirmados no município de Pontal do Paraná nesta sexta-feira
(30), em uma ave da espécie Trinta-réis-de-bando (Thalesseus maximus) e em uma
Gaivota-maria-velha (Chroicocephalus maculipennis).
Assim, o Paraná apresenta até o momento cinco focos da
doença, todos em aves silvestres no Litoral do Estado. As medidas de vigilância
em propriedades em torno dos focos estão em andamento, informa a Agência de
Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar).
O município de Pontal do Paraná já tinha um foco de IAAP
identificado em uma ave da espécie Trinta-Réis-Real (Thalesseus maximus) na
semana passada. Os outros dois casos, um em aves da mesma espécie, haviam sido
registrados em Antonina e Paranaguá.
As amostras são enviadas para o Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de São Paulo (LFDA/SP), reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal – OMSA – como referência internacional em diagnóstico de Influenza Aviária.
A infecção pelo vírus em aves silvestres não altera o status
sanitário do Paraná e do Brasil como livre de Influenza Aviária de Alta
Patogenicidade (IAAP). Assim, não há impacto no comércio internacional de
produtos avícolas. Também não há risco no consumo de carne e ovos, pois a
doença não é transmitida por meio do consumo.
A Adapar atende 100% das notificações de suspeita. Quando
verificado um caso provável, é feita a coleta de amostra para diagnóstico
laboratorial, isolamento de animais, interdição da unidade epidemiológica
(propriedade), verificação do trânsito e investigação de possíveis vínculos.
A Agência também promoveu, recentemente, a capacitação e o
treinamento de profissionais em todas as Unidades Regionais do Estado, e conta
com médicos veterinários com dedicação exclusiva e capacidade técnica elevada
na área para atendimento das questões sanitárias.
Na semana passada, a Adapar publicou uma portaria que suspende temporariamente a emissão da Guia de Trânsito Animal (GTA) para aves do Litoral para outras regiões.
O QUE FAZER – A primeira linha de defesa contra a influenza
aviária é a detecção precoce e a notificação oportuna de suspeita da doença
para permitir uma resposta rápida, a fim de evitar a disseminação. Os
produtores e a população precisam ficar atentos aos sinais que as aves
infectadas pelo vírus da gripe aviária apresentam.
Pelo risco de contágio, não se deve manipular aves
silvestres mortas ou com sinais clínicos da doença. Todas as suspeitas de
Influenza Aviária, que incluem sinais respiratórios, neurológicos ou
mortalidade alta e súbita em aves, devem ser notificadas imediatamente à
Adapar, pessoalmente nas unidades, pelo telefone 3313-4013 ou por meio da
plataforma e-Sisbravet. A notificação possibilita ação rápida dos fiscais de
Defesa Agropecuária. Confira o material de apoio sobre a doença AQUI.
CUIDADOS – Os donos de aviários devem reforçar os cuidados
com o fechamento de todas as frestas para evitar que qualquer outro animal,
incluindo as aves silvestres, possa ter contato com as aves comerciais. Também
é importante não deixar ninguém estranho à produção chegar perto das aves e que
aqueles que precisam desse contato utilizem roupas e sapatos específicos para a
atividade. As regras aplicam-se também a produtores de ovos. É fundamental
sempre lavar as mãos e trocar roupas e sapatos antes de acessar as granjas.
DOENÇA – A Influenza Aviária (IA) é uma doença viral
altamente contagiosa que afeta aves domésticas e silvestres, muitas vezes
resultando em graves consequências para a saúde animal, para a economia e para
o meio ambiente.
A Influenza Aviária de alta patogenicidade é caracterizada
principalmente pela alta mortalidade de aves que pode ser acompanhada por
sinais clínicos nervosos, digestórios e/ou respiratórios, tais como andar
cambaleante; torcicolo; dificuldade respiratória e diarreia.
Com Inf: AEN | Foto: Adapar
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