Com um caso confirmado em 2023, Saúde está em alerta e monitora a febre maculosa
- 15/06/2023
O Governo do Estado, por meio da Secretaria da Saúde (Sesa),
monitora a febre maculosa no Paraná com equipes técnicas da Divisão de Doenças
Transmitidas por Vetores. A doença, transmitida pelo carrapato-estrela, teve
seu primeiro caso confirmado no território em 2006, no município de Itambaracá,
situado na região Norte. Neste ano foi confirmado um caso em Foz do Iguaçu, na
região Oeste, além de 43 notificações.
A febre maculosa é uma doença febril infecciosa, causada por
uma bactéria do gênero Rickettsia, transmitida pela picada do carrapato. A
espécie é encontrada com mais facilidade em locais próximos a matas, com
umidade elevada. O carrapato parasita o animal (bois, cavalos, capivaras,
cães), e a depender da espécie pode vir acidentalmente parasitar o humano,
sendo necessário o vínculo epidemiológico com o vetor transmissor – o carrapato
infectado.
De acordo com levantamento da Sesa, desde 2018 houve o
registro de 42 casos confirmados da doença. No ano passado foram 63
notificações, nove casos confirmados e dois óbitos, que ocorreram no município
de Ribeirão Claro, de abrangência da 19ª Regional de Jacarezinho. Foram cinco
casos em 2018; 19 confirmações em 2019; 10 em 2020; e um caso em 2021.
A Secretaria da Saúde publicou uma Nota Técnica 001/2019 com
dados da vigilância epidemiológica, características da doença, sintomas,
cuidados, manejo e tratamento. Todo o caso suspeito requer notificação
imediata, registrada no Sistema de Informação de Agravos de Notificação
(Sinan), através do preenchimento da Ficha de Investigação da Febre Maculosa.
“A doença é monitorada no Paraná pela nossa vigilância
ambiental. Estamos atentos, com equipes capacitadas e constantemente realizamos
cursos e atualização junto ao Ministério da Saúde. Em caso de suspeita deve-se
procurar imediatamente os serviços de saúde”, alerta o secretário de Estado da
Saúde, Beto Preto.
AÇÕES – Em abril deste ano foi realizada uma capacitação
para aprofundar conhecimentos relacionados ao carrapato-estrela. O evento, que
reuniu técnicos do Ministério da Saúde, além de médicos da Fiocruz/RJ e
profissionais das 22 Regionais de Saúde do Paraná, buscou ampliar a capacidade
de identificação do hospedeiro, facilitando o diagnóstico e, consequentemente,
o cuidado apropriado.
Em janeiro deste ano, por conta dos dois óbitos ocorridos na
19ª RS no ano passado, foi realizada capacitação para todos os municípios de
abrangência dessa regional, além da reunião com as equipes de Atenção à Saúde
da 5ª Regional de Guarapuava sobre “Manejo Clínico da Febre Maculosa”, com o
objetivo de preparar as equipes de Atenção à Saúde para o agravo.
Anteriormente, em novembro de 2022, aconteceu uma reunião
técnica sobre a doença, na qual foram capacitados profissionais sobre a
vigilância ambiental do vetor, sendo abordados o manejo da doença e práticas de
captura a campo do carrapato (vigilância acarológica).
SINTOMAS – Os principais sintomas da doença são febre de
início súbito, dor de cabeça e no corpo, podendo ou não estar acompanhada de
aparecimento de manchas avermelhadas entre o segundo e quinto dia de evolução
da doença ou manifestações hemorrágicas, são alguns dos sintomas apresentados
pelas pessoas que possam ter contraído a doença.
A Sesa recomenda que pacientes que apresentem essas
características procurem o atendimento médico nas Unidades de Saúde dos
municípios para que o diagnóstico seja realizado, assim como o tratamento, o
quanto antes, já que se trata de doença grave e de evolução rápida, mas que
existe tratamento se ofertado em tempo oportuno.
É importante que a população relate para a equipe de saúde
que houve a picada do carrapato ou a possibilidade de contato com o vetor a fim
de direcionar a condução do caso de forma mais assertiva possível.
Com Inf: AEN | Foto: Geraldo Bubniak
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