Novo cangaço: Mega operação caça quadrilha que atacou Guarapuava

  • 20/09/2022

As Polícias do Paraná estão nas ruas, desde as primeiras horas da manhã desta terça (20), para cumprir 74 ordens judiciais. Entre elas, há mandados de prisão, busca e apreensão, contra uma organização criminosa envolvida na tentativa de assalto à transportadora de valores, em Guarapuava, no dia 17 de abril deste ano.

A operação é um trabalho integrado das polícias Civil, Militar e Científica do Paraná. De acordo com a Polícia Civil, a ação policial ocorre simultaneamente em várias cidades do Brasil.

O Paraná tem ações em Curitiba, Campina Grande do Sul, Fazenda Rio Grande, São José dos Pinhais, Maringá, Mandirituba, Ortigueira, Pinhais, Tibagi e Piraquara. Já em São Paulo, os policiais atuam em Piracicaba, Hortolândia, EmbuGuaçu, Campinas, São Bernardo do Campo, Itatiba e Itapecerica da Serra, além de  Barra Velha, em Santa Catarina.

A operação conta com a participação de mais de 500 policiais do Paraná, além do apoio das polícias civil e militar de São Paulo.

Investigações

Conforme as informações, as polícias do Paraná identificaram os membros da organização criminosa após intensos trabalhos e investigações de alta complexidade. Durante as diligências, a polícia apurou que os criminosos se uniam para efetuar o crime a partir do domínio do município, fechando os acessos das cidades e agindo com violência e armamento pesado. Os suspeitos, espalhados pelo Brasil, possuem passagens por outros crimes. Tais como, roubo a banco e de cargas, tráfico de armas e drogas, extorsão mediante sequestro e outros.

Durante as investigações, a equipe verificou que os criminosos utilizavam os valores roubados para comprar itens de luxo, viagens, procedimentos estéticos e ostentar riqueza nas redes sociais. A organização criminosa é responsável ainda por outros roubos em Campina Grande do Sul, Cerro Azul, Lapa e Quitandinha, no Paraná. Incluindo também Criciúma, Araquari e Blumenau, em Santa Catarina, Araçatuba e Ourinhos, em São Paulo e em Itajubá, em Minas Gerais.

Dessa forma, nos últimos cinco meses, as polícias do Paraná trabalharam de forma intensa, identificando os principais integrantes da organização criminosa. A investigação auxilia ainda na troca de informações com as polícias de outros estados do país.

Crime

A ação dos criminosos aconteceu entre a noite do dia 17 de abril e a madrugada do dia 18 deste ano em Guarapuava.

Na ocasião, os criminosos fecharam os acessos da cidade e fizeram reféns, utilizando-os como escudos humanos. Porém, os policiais afirmam que os bandidos não tiveram sucesso no crime, pois não conseguiram chegar até o cofre da transportadora de valores. Além disso, durante a ação, os suspeitos atearam fogo em seis veículos, sendo que dois deles estavam queimados em frente ao 16° Batalhão da Polícia Militar.

Desse modo, os criminosos agiram para dificultar a ação policial. Inclusive, eles abandonaram sete carros. Os bandidos estavam equipados com veículos blindados e armamento pesado como fuzis calibres .762, .556 e, até calibre 50, que é um tipo de armamento de uso exclusivo das Forças Armadas, utilizado em artilharia antiaérea. Aliás, eles possuíam mochilas de mantimentos, com kits de primeiros socorros e capacetes balísticos.

Antes da fuga, os criminosos entraram em confronto com policiais militares. Na ocasião, dois policiais acabaram baleados, sendo que o sargento Ricieri Chagas morreu após ficar quase uma semana internado. Os suspeitos deverão responder pelos crimes de organização criminosa, latrocínio, incêndio e explosão, porte ilegal de armas de fogo e explosivos, dano qualificado, receptação, sequestro e cárcere privado.

Outras prisões

Vale lembrar que pelo menos quatro suspeitos do ataque estão mortos, dois presos e outros dois liberados. Por fim, a polícia também conseguiu identificar em junho, uma casa utilizada pela organização criminosa em São José dos Pinhais, Região Metropolitana de Curitiba.  

Com Inf: Preto no Branco | Foto: PCPR

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