Justiça manda bloquear bens de Beto Richa, dois deputados e mais 10 investigados da Operação Quadro Negro
- 24/10/2018
A Justiça decretou o bloqueio de
bens do ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB) e dos deputados Plauto Miró
(DEM) e Valdir Rossoni (PSDB) e de outros 10 investigados na Operação Quadro
Negro. A decisão é de 11 de outubro e foi assinada pelo juiz Eduardo Lourenço
Bana.
Veja abaixo quanto o Ministério Público do Paraná pediu para ser bloqueado de cada um:
- Carlos Alberto Richa: R$ 27
milhões
- Edmundo Rodrigues da Veiga Neto:
R$ 27 milhões
- Eduardo Lopes de Souza: R$ 16
milhões
- Evandro Machado: R$ 16 milhões
- Luiz Eduardo da Veiga Sebastiani:
R$ 27 milhões
- Marilane Aparecida Fermino da
Silva: R$ 16 milhões
- Maurício Jandói Fanini Antonio:
R$ 16 milhões
- Plauto Miró Guimarães Filho: R$
27 milhões
- Tatiane de Souza: R$ 16 milhões
- Valdir Luiz Rossoni: R$ 27
milhões
- Valor Construtora e Serviços
Ambientais – EIRELI: R$ 16 milhões
- Vanessa Domingues de Oliveira: R$
16 milhões
- Viviane Lopes de Souza: R$ 16
milhões
A decisão da Justiça, porém, não
detalha quanto, de fato, foi bloqueado de cada investigado.
Richa e os outros são
investigados na Operação Quadro Negro, que apura o desvio de mais de R$ 20
milhões de obras de escolas públicas do estado.
Segundo o Ministério Público do
Paraná (MP-PR), as fraudes foram cometidas em aditivos de obras fechados com a
Construtora Valor, autorizados pela administração pública.
Para o MP, as investigações
apontaram, em especial com base nas delações de Eduardo Lopes de Souza e
Maurício Fanini, que os aditivos foram desnecessários e fraudulentos.
As investigações também apontaram
que Maurício Fanini, ex-diretor da Secretaria de Estado da Educação (Seed),
protagonista dos desvios de recursos, seguia ordens do ex-governador, que seria
o principal beneficiário do esquema fraudulento.
Os procuradores dizem que mais de
20 mil alunos foram prejudicados com a ausência das escolas que deveriam ser
concluídas.
O outro lado
Em nota, a assessoria de imprensa
de Beto Richa disse que só irá se manifestar no processo.
O advogado Azis Simão Filho, que
defende Eduardo Lopes de Souza, disse que não teve acesso aos autos e que vai
se manifestar assim que isso acontecer.
Em nota, a defesa do deputado
federal Valdir Rossoni disse que ele não foi citado dos termos da ação e do
despacho. Disse ainda que quando isso acontecer, vai pedir a revogação porque
Rossoni não cometeu nenhum ato de improbidade administrativa.
O deputado estadual Plauto Miró
disse que já prestou os devidos esclarecimentos sobre o assunto para o
Ministério Público, e somente se manifestará sobre o fato perante o Poder
Judiciário, quando for oficialmente intimado para tanto.
Luiz Eduardo da Veiga Sebastiani
disse que cumpriu com todas as suas atribuições como secretário de Estado da
Fazenda e que, em nenhum momento, há um ilícito da parte dele constatada pelo
Ministério Público.
"A fraude aconteceu na
Secretaria de Educação, distante da Fazenda, que tão somente tem a tarefa de
fazer a liberação de recursos para todas as secretarias", disse
Sebastiani.
Os advogados da empresa Valor
afirmaram que não tiveram acesso e só depois vão se manifestar.
A defesa de Maurício Fanini
afirmou que seu cliente está colaborando de forma efetiva e que irá continuar
cooperando com a Justiça.
Edmundo Veiga afirmou que tomou
conhecimento da decisão da Justiça, que foi induzido a assinar os aditivos por
ser o ordenador de despesas da Seed à época, e que vai provar a sua inocência.
O G1 não conseguiu contato com as defesas dos demais citados na reportagem.
G1
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