Cabelos de estudantes vão virar perucas para portadores de câncer

  • 22/10/2018

Estudantes do 8° ano do Ensino Fundamental do Colégio Estadual Wilson Joffre, de Cascavel, fizeram nesta segunda-feira (22) a doação de seus cabelos ao Hospital do Câncer da Uopeccan, a fim de que sejam utilizados na confecção de perucas para pessoas que estão tratando da doença.

Foi, na verdade, a terceira arrecadação feita pelos alunos ao hospital. A primeira entrega, em 2016, contou com a doação de 18 voluntários, e a segunda, no ano passado, com outras 22 pessoas. O projeto "Doar não dói" é realizado na escola por seis alunos com coordenação dos professores, equipe pedagógica e direção.

Para conscientizar os outros alunos sobre a importância da doação, a equipe passa de sala de em sala um mês antes da coleta incentivando os colegas a doarem e a convidarem outros voluntários. Os estudantes interessados em fazer a doação precisam de autorização escrita dos pais. O colégio possui parceria com cabeleireiros que fazem a coleta e finalizam os cortes de acordo com a vontade do doador. O processo é gratuito.

Gesto nobre

Os cabelos arrecadados são doados para voluntários que confeccionam as perucas. "O mais importante é saber que esse pequeno gesto pode fazer a diferença para a pessoa que está passando por esse momento delicado", disse a estudante Maria Anthonia Castro Rodrigues, de 13 anos, que teve a iniciativa de criar o grupo para arrecadar as doações.

Segundo ela, que passou por um tratamento de câncer em 2012, a ação contribui para aumentar a autoestima de quem está passando pelo tratamento. "Quando fiz o tratamento, eu perdi o cabelo. Por isso eu tive a ideia de fazer algo para ajudar e motivar as pessoas que estão passando pelo mesmo que eu passei", contou.

De acordo com a professora Ana Maria Agnoletto Coutinho, mãe da aluna Ana Gabriella, de 13 anos, que também ajudou a elaborar o projeto, a iniciativa dos estudantes contribui também com a formação cidadã dos alunos. "É um projeto importante que já faz parte da escola porque, além de ajudar pessoas que estão fazendo o tratamento contra o câncer, estimula o desenvolvimento do saber, do senso crítico e do protagonismo nos estudantes", disse.

"O projeto é importante porque mostra para a sociedade que cada um pode fazer um pouco para ajudar as pessoas que estão passando por momentos difíceis. Além de despertar nos alunos o sentimento de empatia pelo próximo, estamos fomentando o altruísmo e o protagonismo desses estudantes que terão um olhar diferente sobre a sociedade", disse a professora de Ciências, Luiza Elena Slongo, que coordena o projeto.

Alerta Paraná

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