Itaipu ajuda a levar energia limpa ao Pelotão do Exército na Amazônia
- 16/10/2018
O Pelotão Especial de Fronteira do
Exército em Tunuí-Cachoeira, no Amazonas, vai ser o primeiro do Brasil a contar
com um sistema híbrido de armazenamento de energia que integra gerador,
baterias de sódio recicláveis e painéis fotovoltaicos. O projeto é uma parceria
da Itaipu Binacional e o Exército Brasileiro.
Na primeira quinzena de outubro,
uma equipe de Itaipu esteve em Tunuí para receber e instalar os equipamentos -
entre eles, um inversor de frequência e o módulo de controle e monitoramento.
Foram aproximadamente dez dias de trabalho. O transporte e desembarque exigiram
cuidados especiais, como proteção contra impactos e umidade.
A previsão é que até o final de
novembro o conjunto entre em fase de testes e seja comissionado por técnicos
brasileiros (da binacional), espanhóis (da empresa Ingeteam) e italianos (da
FZSonick). Em seguida, entrará em operação.
Energia limpa
O novo sistema foi desenvolvido
pela equipe do Programa Veículo Elétrico e poderá beneficiar outros pelotões de
fronteira da Amazônia Legal e comunidades isoladas. A principal vantagem é a utilização
de uma fonte limpa e abundante no País (o sol) para gerar energia.
Hoje, a energia produzida nesses
locais provém de geradores a diesel, combustível fóssil (não é renovável),
poluente e caro - o litro chega a custar R$ 45 na selva, considerando os custos
de transporte.
O chefe da Assessoria de
Mobilidade Elétrica de Itaipu, Celso Novais, explica que o sistema é híbrido
bidirecional, ou seja, durante o dia a energia gerada no painel fotovoltaica
alimenta a rede e o excedente carrega a bateria; à noite, quando não há luz
solar, ocorre o inverso: a bateria abastece a rede. O gerador a diesel vai
funcionar apenas como backup.
Isolamento
Em Tunuí, atuam aproximadamente
60 militares do 5º Batalhão de Infantaria de Selva, que serão beneficiados com
a nova tecnologia. A energia será usada para abastecer casas, escolas,
escritórios e hospital, além de uma comunidade indígena vizinha.
Para chegar ao local, é preciso voar até Manaus, depois embarcar em outro avião menor, até São Gabriel da Cachoeira, na fronteira com a Colômbia e a Venezuela. A fase final do trajeto é feita de lancha, pelo Rio Negro, em uma viagem de aproximadamente seis horas.
Alerta Paraná
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