Força tarefa desarticula quadrilha acusada de aterrorizar a região
- 02/10/2018
Mais de 60 Policiais Civis e
Militares desarticularam nesta segunda-feira, (01,) uma perigosa associação
criminosa suspeita de cometer pelo menos 15 roubos nos últimos meses.
A operação “muchachos”, como foi
denominada, cumpriu 11 mandados judiciais expedidos pelo Poder Judiciário da
Comarca de Salto do Lontra, sendo 6 de Prisão Preventiva e outros 5 de buscas
domiciliares.
As diligências ocorreram de forma
simultânea e sincronizada nos Estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do
Sul, nas cidades de Barracão, Chopinzinho, Dois Vizinhos, Francisco Beltrão,
Santo Antônio do Sudoeste, São Lourenço do Oeste e São Leopoldo.
Num dos crimes, em plena luz do
dia, ao estilo “novo cangaço”, a quadrilha cometeu roubo na agência Cooperativa
Cresol na cidade de Nova Esperança do Sudoeste no dia 15 de maio de 2018.
Além do que, no mês seguinte, 28
de junho, a associação criminosa voltou a atacar a mesma cooperativa, agora com
a utilização de explosivos tentando abrir o cofre da agência.
O grupo é suspeito de cometer
outros roubos a residências e de veículos na região, alguns deles levando as
vítimas como reféns para servirem como “escudos humanos” num eventual confronto
com as forças de segurança, crimes estes ocorridos em diversas cidades, como no
interior de Francisco Beltrão, Guarapuava, Chopinzinho, Pinhão, Reserva do
Iguaçu, Barracão, Santo Antônio do Sudoeste e Pranchita.
Segundo as investigações, tudo
começou em meados de março de 2018, quando três integrantes que até então
estavam presos na Penitênciaria Estadual de Francisco Beltrão, de onde
empreenderam fuga, a partir de então, associaram-se para o fim especifico de
cometerem crimes, junto com outros dois, sendo um de nacionalidade Argentina.
A associação também contava com o
apoio da esposa de um deles. Ela é suspeita de esconder e transportar parte das
armas, e emprestava seu veículo particular para o bando, além de permitir que
se escondessem em sua residência após os roubos.
De acordo com a Polícia, a
quadrilha, fortemente armada, costumava agir com grave ameaça e extrema
violência, rendiam as vítimas e delas subtraiam dinheiro, joias, veículos e
eletrônicos, mas a preferência era agir contra instituições financeiras e o
roubo de camionetes de luxo, estas destinadas a Argentina.
Um grande arsenal de armas de
fogo e munições foram apreendidas, como pistolas 9mm, rifles, espingardas
diversas, revolver calibre .38, coletes balísticos, munições de calibres .22,
.44, .38, 9mm, 7,62, um fuzil Mauser calibre 308 equipado com luneta,
aumentando assim seu poder de precisão e uma submetralhadora INA, calibre .45
que é capaz de disparar mais de 600 tiros por minuto, além de cerca de 1kg de
emulsão explosiva e 5 (metros) de cordel detonante, material este utilizado
para arrombar cofres e caixas eletrônicos.
O Delegado Sandro Spadotto
Barros, que preside os Inquéritos Policiais, enalteceu o trabalho da força
tarefa composta por policiais civis e militares da região: “nossos policiais
civis e militares se dedicaram ao extremo na coleta de evidências de provas e
na identificação dos suspeitos, um trabalho de excelência, um duro golpe contra
a criminalidade”.
Por sua vez, o Comandante do 21°
BPM, Major Edson, disse que “a Operação ‘Muchachos’ foi um sucesso, mostramos
mais uma vez que a parceria entre as forças de segurança é o caminho a ser
seguido, lado a lado com a Polícia Civil desarticulamos mais essa perigosa
quadrilha, a qual estava aterrorizando a população das nossas cidades, levavam
o medo, a destruição, e agora com a prisão desses indivíduos, restabelecemos a
ordem que vinha sendo violada”.
“Essa operação teve o apoio de
muita gente, de diversas forças policiais e órgãos da justiça, contamos com o
fundamental apoio do Ministério Público e Poder Judiciário de Salto do Lontra,
da Polícia Civil de diversas cidades e de policiais do 3° Batalhão de Pato
Branco, 16° Batalhão de Guarapuava, BPFRON, Polícia Federal e da Polícia
Militar de Santa Catarina, integração essa capaz de promover estes excelentes
resultados ” complementou o Major Edson.
A “Operação Muchachos” foi assim denominada, devido a relação da quadrilha com membros da Argentina, pois de acordo com as investigações esse País era o destino final das camionetes roubadas, bem como era o local onde estes também ficavam homiziados após cometerem os crimes nas cidades brasileiras que fazem fronteira, além do fato de que “Muchachos” em espanhol significa “Rapazes” e era assim que os integrantes da quadrilha eram denominados pelo integrante argentino.
PP News
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